terça-feira, 6 de setembro de 2011

EM DESTAQUE: POESIA E PARATEXTO: A DESCIDA DE SANTANNA AOS INFERNO DA MODERNIDADE

Poesia e paratexto: a descida de Sant’Anna aos infernos da modernidade” - O livro de Rodney Caetano mostra o difícil processo de ruptura com as vanguardas e o concretismo vivido pelo poeta.

A Editora UFPR lançou em Curitiba, pela Série Pesquisa, o livro “Poesia e paratexto: a descida de Sant’Anna aos infernos da modernidade”. O novo título, de autoria do professor e jornalista paranaense Rodney Caetano, funcionário da Ferroeste, faz uma imersão na obra de Affonso Romano de Sant’Anna, polêmico escritor, poeta e intelectual brasileiro, autor, entre outros, do conhecido “Que país é este”, livro publicado durante o período militar e que também dirigiu a Biblioteca Nacional (1991-96), onde criou o Sistema Nacional de Bibliotecas e o Proler.

O lançamento aconteceu no pátio do campus da reitoria da Universidade Federal do Paraná, centro, como parte das atividades da Feira de Livros promovida pela organização do XII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada (Abralic).

A OBRA
O livro “Poesia e paratexto” está organizado de forma a compor um quadro amplo sobre a moderna poesia brasileira e sobre os diferentes modos de realização do paratexto – ilustrações, notas, epígrafes, prefácios, orelhas –, para desembocar na análise de uma fase da vida de Sant’Anna, nos anos de 1970, que promoveu uma virada ética e poética em sua obra.

“Poesia e paratexto” se divide em três partes. A primeira seção destina-se a revisar as principais características da modernidade, a segunda propõe uma reflexão sobre a noção de paratexto e as duas, por sua vez, servem de apoio teórico e instrumental para a parte final, centrada no estudo crítico de “Poesia sobre poesia”, obra que faz um inventário poético da modernidade e promove a histórica ruptura de Sant’Anna com as vanguardas brasileiras.

Para escrever seu livro, Caetano revisa as relações entre o texto e seus elementos acessórios (paratextos), objeto do estudo de Gérard Genette, cuja obra “Paratextes”, editada na França em 1987, chegou ao Brasil, traduzida, em 2009. O longo ensaio “Poesia e paratexto” proporciona um novo enfoque crítico, pós-estruturalista, totalmente apoiado em noções de transtextualidade.
Informações no site: www.editora.ufpr.br.

Nenhum comentário: