Acontece pelo Brasil.
Artigo Publicado no Blog Pele sem Pele.
Por Lau Siqueira.
Não são raras as vezes que me pego pensando no que se deixa de fazer com a pálida alegação da falta de recursos financeiros. Algumas experiências colhidas ao longo da vida me provaram que para algumas das questões mais significativas para um ser humano e para a sociedade, não é preciso recurso algum. O que precisamos é de atitude. O principal recurso é a nossa vontade. Uma das experiências concretas que me faz pensar assim é a existência da Biblioteca Cactus. Uma instituição comunitária criada e mantida por duas mulheres, Nina e Edeusa, em Mandacaru, um dos mais tradicionais bairros populares de João Pessoa. Para montar o acervo, certamente, Nina e Edusa, contaram a com a responsabilidade social do maior sebo da América latina, o Sebo Cultural com sede na cidade. De lá para cá elas vem aumentando o acervo, articulando atividades que mantém viva uma das maiores e mais importantes Bibliotecas Comunitárias do Nordeste. Experiências assim abundam pelo Brasil, sem muita visibilidade, mas esbanjando coragem. Aqui e ali chegam histórias que impressionam e me fazem pensar nos oportunistas de carteirinha que mexem os quadris em suas articulações, atrás das “facilidades” dos recursos públicos para a execução de projetos culturais e educacionais de consistência duvidosa.
Tomei conhecimento de outra experiência que também me impressionou bastante. Um catador de papel, em São Paulo, conseguiu reunir mais de 16 mil títulos catados no lixo residencial da cidade. Ele montou uma biblioteca num prédio abandonado, onde atende milhares de adultos e jovens que, certamente, a partir da leitura vão traçando uma nova perspectiva e um novo horizonte para as suas vidas. Boas experiências abundam pelo país. Aqui em João Pessoa, os projetos Tome Poesia e Tome Prosa, coordenado pelo poeta Antônio Mariano, provoca a leitura de poemas e textos em prosa no bar Noites Cariocas. Já a atriz Suzy Lopes mantém o projeto Café em Verso e Prosa no Empório Café, um dos mais agradáveis bares da praia de Tambaú. Nara Limeira, mestre em literatura e mestre na vida, conduz o projeto Palavra Plantada no agradável Parque Arruda Câmara. Projeto semelhante é mantido pela poeta Idalina de Carvalho, em uma praça de Cataguases-MG. Em São Paulo, Andréa Schmitz mantém o blog “Nosso Clube de Leitura” e um grupo de leitura na região onde vive. Nestes dois primeiros parágrafos fiz questão de citar alguns projetos grandiosos que não dependem de recursos financeiros de qualquer ordem para uma existência de absoluta consistência e coerência. Então me pergunto: o que impede avançarmos ainda mais, sabendo como sabemos que a leitura gera cidadania?
Somos um país com 16 milhões de analfabetos absolutos, ainda. Isso representa 9% da população. Brasileiros e brasileiras de até 15 anos ou mais que não conseguem sequer pegar um transporte público, sem ajuda de terceiros. Não quero ser catastrófico. É inegável que estamos avançando. Mas, tudo precisa ser pensado milimetricamente em termos de políticas públicas para, no mínimo, os próximos 20 anos. Não penso que possamos erigir políticas e comportamentos transformadores, em tempo mais curto. Se não pensarmos e não agirmos agora, nossos netos viverão a barbárie em toda a sua plenitude.
Num olhar mais atento para os percursos da história, observamos que na última década do século XIX, enquanto o Brasil contava com 87% de analfabetos, a França tinha 90% do seu povo devidamente alfabetizado. A Inglaterra, em 1900, possuía 97% da sua população alfabetizada. Introduzo esses dados para que compreendamos melhor os aspectos culturais da leitura em nosso país. A nação que colonizou o Brasil, Portugal, possuía de 20 a 30% de alfabetizados neste mesmo período. Também os países que traçaram as linhas mais densas da imigração brasileira, como Espanha e Itália, contavam com 50% de analfabetos. Na formação desse quadro, lá pelo século XII, “para ser culto era preciso ter fé.” As universidades eram clérigas. O que acabou produzindo os mendigos mais eruditos da história da humanidade. Os que não se adaptavam à “carreira” religiosa e aos caminhos apontados pela Igreja acabavam perambulando pelas ruas. Como o poeta francês François Villon, considerado um dos precursores do romantismo, nascido em 1432 e sumariamente desaparecido em 1463.
O livro retratos da leitura no Brasil, organizado por Galeno Amorim, ex-secretário de cultura de Ribeirão Preto-SP, resulta de uma pesquisa que nos deixa bastante animados em relação ás políticas de leitura no Brasil. Nos últimos anos temos visto um significativo avanço em diversas regiões. Certamente que ainda temos um longo caminho a percorrer. Precisamos estrutura os avanços em dois dos principais pilares das políticas sociais: educação e cultura. O professor Galeno empreendeu uma experiência referencial em Ribeirão Preto, criando um sistema de bibliotecas públicas. Aqui em João Pessoa, o ano de 2010 vai ser marcado pela inauguração da sua primeira biblioteca pública municipal. Um feito extraordinário para uma cidade de 424 anos de existência. Antes arte do que tarde, já dizia Pedro Osmar.
A pesquisa coordenada pelo professor Galeno nos revela alguns dados animadores e outros assustadores. Por exemplo, é animador o fato de ser Monteiro Lobato o autor mais lido pelos brasileiros. No entanto nos preocupa ser Paulo Coelho o segundo colocado. Isso revela que a leitura, no Brasil, é considerada como geradora de um tipo de status. Geralmente as pessoas procuram os títulos mais vendidos e não os melhores livros. Também é animadora a presença de seis poetas entre os 25 autores mais lidos. Mas, entristece sabermos que o Bispo Edir Macedo é mais lido que Graciliano Ramos, Raquel de Queiroz e Clarice Lispector. É certo que estamos num bom caminho. No entanto surpreende-nos negativamente o fato de ainda contarmos com tantas vacilações em relação às políticas públicas para o livro e para a leitura. Ainda não se reconhece a importância estratégica dessa importante fonte de conhecimento que, na verdade, serve como suporte para qualquer política pública. A leitura possui importância estratégica para as políticas de desenvolvimento sustentável, por gerar uma melhor compreensão da realidade. Por gerar cidadania. As tentativas na área algumas vezes são confundidas até mesmo por “certa qualidade de escritores”, como a possibilidade de editar livros sem acesso ao mercado editorial. O que é lamentável sob todos os pontos de vista. Porque, em geral, se trata de autores que não valem uma publicação. O que deve ficar claro é que as políticas de leitura devem ser voltadas ao leitor e não ao escritor.
Repetindo aqui Roland Barthes, “a literatura possui muitos saberes”. Logicamente que os códigos da leitura não se referem apenas à literatura. Muito menos da boa literatura ou, ainda, aos livros apenas. Não nos referimos aqui aos suportes em um artigo que será publicado virtualmente, em um blog. A realidade é que o livro mais lido no Brasil continua sendo a Bíblia. Ainda bem! Se trata de uma obra de importância inquestionável até mesmo para os “ateus-espiritualistas”, como eu. Sua linguagem carregada de simbolismos é referencial, não tenhamos dúvida, enquanto caminho para uma leitura de qualidade. O que nos surpreende positivamente, também na pesquisa aqui mencionada, é o fato de algumas regiões apresentarem um índice de interesse pela poesia, superior ao interesse pelas leituras religiosas. Isso serve como alerta aos educadores. É fato que a Poesia é porta de entrada para o leitor lúdico e crítico. Não é de graça que se trata de um gênero que conta com a preferência da juventude.
Claro que enquanto temos pessoas empenhadas e, de certa forma, introduzindo o interesse pela leitura enquanto política pública estruturante - até mesmo de uma nova ordem econômica - temos professores como um rapaz chamado Túlio, aqui em João Pessoa. Um “educador” que se notabilizou tristemente por chamar Clarice de Chatice Lispector, no espaço sagrado de uma sala de aula. Isso em uma das mais caras e conhecidas escolas particulares de João Pessoa. Ou mesmo estudantes de Letras que “odeiam” literatura, sustentando esta estupidez, inclusive, em comunidades na rede de relacionamentos, Orkut. Isso nos mostra o quanto é revolucionário defender com veemência o contraponto, nas universidades, nas escolas, nas associações de bairro, nas ONGs, nas ruas...
Está mais do que na hora da Escola Pública (também a escola privada, por que não?) assumir definitivamente o seu papel neste doce e transformador empreendimento. É preciso que se desenvolvam cada vez mais as práticas pedagógicas promotoras da leitura enquanto prazer e não enquanto obrigação de ofício. O papel da escola é fundamental nesse aspecto. Programar políticas de leitura é o que de mais pedagógico pode ser empreendido pelas gestões públicas comprometidas com a formação cidadã das comunidades. Um homem e uma mulher de boa leitura, certamente saberão os melhores caminhos para, tenham certeza, salvar o mundo de uma catástrofe social, econômica, bélica e, sobretudo, humana nas próximas décadas. Para isso não podemos depender dos governos. Estando ou não dentro deles. Como dizia Vandré, “quem sabe faz a hora”.
Nota 1 – A maioria dos dados aqui apresentados foram extraídos do livro Retratos da leitura no Brasil, publicado pelo Instituto Pró-Livro em parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, sob a coordenação de Galeno Amorim, diretor do Observatório do Livro e da Leitura, primeiro coordenador do Plano Nacional do Livro e da Leitura entre outras coisas (o currículum do homem é enorme).
Nota 2 – Registro aqui a minha solidariedade ao poeta paraibano Sérgio de Castro Pinto que teve trechos inteiros do seu livro, Longe daqui aqui mesmo, resultado da su tese de doutorado sobre Mário Quintana, usurpados por uma professora da Universidade de Caxias do Sul. Citar a fonte das nossas pesquisas corretamente é uma questão de honestidade intelectual.
Artigo Publicado no Blog Pele sem Pele.
Por Lau Siqueira.
Não são raras as vezes que me pego pensando no que se deixa de fazer com a pálida alegação da falta de recursos financeiros. Algumas experiências colhidas ao longo da vida me provaram que para algumas das questões mais significativas para um ser humano e para a sociedade, não é preciso recurso algum. O que precisamos é de atitude. O principal recurso é a nossa vontade. Uma das experiências concretas que me faz pensar assim é a existência da Biblioteca Cactus. Uma instituição comunitária criada e mantida por duas mulheres, Nina e Edeusa, em Mandacaru, um dos mais tradicionais bairros populares de João Pessoa. Para montar o acervo, certamente, Nina e Edusa, contaram a com a responsabilidade social do maior sebo da América latina, o Sebo Cultural com sede na cidade. De lá para cá elas vem aumentando o acervo, articulando atividades que mantém viva uma das maiores e mais importantes Bibliotecas Comunitárias do Nordeste. Experiências assim abundam pelo Brasil, sem muita visibilidade, mas esbanjando coragem. Aqui e ali chegam histórias que impressionam e me fazem pensar nos oportunistas de carteirinha que mexem os quadris em suas articulações, atrás das “facilidades” dos recursos públicos para a execução de projetos culturais e educacionais de consistência duvidosa.
Tomei conhecimento de outra experiência que também me impressionou bastante. Um catador de papel, em São Paulo, conseguiu reunir mais de 16 mil títulos catados no lixo residencial da cidade. Ele montou uma biblioteca num prédio abandonado, onde atende milhares de adultos e jovens que, certamente, a partir da leitura vão traçando uma nova perspectiva e um novo horizonte para as suas vidas. Boas experiências abundam pelo país. Aqui em João Pessoa, os projetos Tome Poesia e Tome Prosa, coordenado pelo poeta Antônio Mariano, provoca a leitura de poemas e textos em prosa no bar Noites Cariocas. Já a atriz Suzy Lopes mantém o projeto Café em Verso e Prosa no Empório Café, um dos mais agradáveis bares da praia de Tambaú. Nara Limeira, mestre em literatura e mestre na vida, conduz o projeto Palavra Plantada no agradável Parque Arruda Câmara. Projeto semelhante é mantido pela poeta Idalina de Carvalho, em uma praça de Cataguases-MG. Em São Paulo, Andréa Schmitz mantém o blog “Nosso Clube de Leitura” e um grupo de leitura na região onde vive. Nestes dois primeiros parágrafos fiz questão de citar alguns projetos grandiosos que não dependem de recursos financeiros de qualquer ordem para uma existência de absoluta consistência e coerência. Então me pergunto: o que impede avançarmos ainda mais, sabendo como sabemos que a leitura gera cidadania?
Somos um país com 16 milhões de analfabetos absolutos, ainda. Isso representa 9% da população. Brasileiros e brasileiras de até 15 anos ou mais que não conseguem sequer pegar um transporte público, sem ajuda de terceiros. Não quero ser catastrófico. É inegável que estamos avançando. Mas, tudo precisa ser pensado milimetricamente em termos de políticas públicas para, no mínimo, os próximos 20 anos. Não penso que possamos erigir políticas e comportamentos transformadores, em tempo mais curto. Se não pensarmos e não agirmos agora, nossos netos viverão a barbárie em toda a sua plenitude.
Num olhar mais atento para os percursos da história, observamos que na última década do século XIX, enquanto o Brasil contava com 87% de analfabetos, a França tinha 90% do seu povo devidamente alfabetizado. A Inglaterra, em 1900, possuía 97% da sua população alfabetizada. Introduzo esses dados para que compreendamos melhor os aspectos culturais da leitura em nosso país. A nação que colonizou o Brasil, Portugal, possuía de 20 a 30% de alfabetizados neste mesmo período. Também os países que traçaram as linhas mais densas da imigração brasileira, como Espanha e Itália, contavam com 50% de analfabetos. Na formação desse quadro, lá pelo século XII, “para ser culto era preciso ter fé.” As universidades eram clérigas. O que acabou produzindo os mendigos mais eruditos da história da humanidade. Os que não se adaptavam à “carreira” religiosa e aos caminhos apontados pela Igreja acabavam perambulando pelas ruas. Como o poeta francês François Villon, considerado um dos precursores do romantismo, nascido em 1432 e sumariamente desaparecido em 1463.
O livro retratos da leitura no Brasil, organizado por Galeno Amorim, ex-secretário de cultura de Ribeirão Preto-SP, resulta de uma pesquisa que nos deixa bastante animados em relação ás políticas de leitura no Brasil. Nos últimos anos temos visto um significativo avanço em diversas regiões. Certamente que ainda temos um longo caminho a percorrer. Precisamos estrutura os avanços em dois dos principais pilares das políticas sociais: educação e cultura. O professor Galeno empreendeu uma experiência referencial em Ribeirão Preto, criando um sistema de bibliotecas públicas. Aqui em João Pessoa, o ano de 2010 vai ser marcado pela inauguração da sua primeira biblioteca pública municipal. Um feito extraordinário para uma cidade de 424 anos de existência. Antes arte do que tarde, já dizia Pedro Osmar.
A pesquisa coordenada pelo professor Galeno nos revela alguns dados animadores e outros assustadores. Por exemplo, é animador o fato de ser Monteiro Lobato o autor mais lido pelos brasileiros. No entanto nos preocupa ser Paulo Coelho o segundo colocado. Isso revela que a leitura, no Brasil, é considerada como geradora de um tipo de status. Geralmente as pessoas procuram os títulos mais vendidos e não os melhores livros. Também é animadora a presença de seis poetas entre os 25 autores mais lidos. Mas, entristece sabermos que o Bispo Edir Macedo é mais lido que Graciliano Ramos, Raquel de Queiroz e Clarice Lispector. É certo que estamos num bom caminho. No entanto surpreende-nos negativamente o fato de ainda contarmos com tantas vacilações em relação às políticas públicas para o livro e para a leitura. Ainda não se reconhece a importância estratégica dessa importante fonte de conhecimento que, na verdade, serve como suporte para qualquer política pública. A leitura possui importância estratégica para as políticas de desenvolvimento sustentável, por gerar uma melhor compreensão da realidade. Por gerar cidadania. As tentativas na área algumas vezes são confundidas até mesmo por “certa qualidade de escritores”, como a possibilidade de editar livros sem acesso ao mercado editorial. O que é lamentável sob todos os pontos de vista. Porque, em geral, se trata de autores que não valem uma publicação. O que deve ficar claro é que as políticas de leitura devem ser voltadas ao leitor e não ao escritor.
Repetindo aqui Roland Barthes, “a literatura possui muitos saberes”. Logicamente que os códigos da leitura não se referem apenas à literatura. Muito menos da boa literatura ou, ainda, aos livros apenas. Não nos referimos aqui aos suportes em um artigo que será publicado virtualmente, em um blog. A realidade é que o livro mais lido no Brasil continua sendo a Bíblia. Ainda bem! Se trata de uma obra de importância inquestionável até mesmo para os “ateus-espiritualistas”, como eu. Sua linguagem carregada de simbolismos é referencial, não tenhamos dúvida, enquanto caminho para uma leitura de qualidade. O que nos surpreende positivamente, também na pesquisa aqui mencionada, é o fato de algumas regiões apresentarem um índice de interesse pela poesia, superior ao interesse pelas leituras religiosas. Isso serve como alerta aos educadores. É fato que a Poesia é porta de entrada para o leitor lúdico e crítico. Não é de graça que se trata de um gênero que conta com a preferência da juventude.
Claro que enquanto temos pessoas empenhadas e, de certa forma, introduzindo o interesse pela leitura enquanto política pública estruturante - até mesmo de uma nova ordem econômica - temos professores como um rapaz chamado Túlio, aqui em João Pessoa. Um “educador” que se notabilizou tristemente por chamar Clarice de Chatice Lispector, no espaço sagrado de uma sala de aula. Isso em uma das mais caras e conhecidas escolas particulares de João Pessoa. Ou mesmo estudantes de Letras que “odeiam” literatura, sustentando esta estupidez, inclusive, em comunidades na rede de relacionamentos, Orkut. Isso nos mostra o quanto é revolucionário defender com veemência o contraponto, nas universidades, nas escolas, nas associações de bairro, nas ONGs, nas ruas...
Está mais do que na hora da Escola Pública (também a escola privada, por que não?) assumir definitivamente o seu papel neste doce e transformador empreendimento. É preciso que se desenvolvam cada vez mais as práticas pedagógicas promotoras da leitura enquanto prazer e não enquanto obrigação de ofício. O papel da escola é fundamental nesse aspecto. Programar políticas de leitura é o que de mais pedagógico pode ser empreendido pelas gestões públicas comprometidas com a formação cidadã das comunidades. Um homem e uma mulher de boa leitura, certamente saberão os melhores caminhos para, tenham certeza, salvar o mundo de uma catástrofe social, econômica, bélica e, sobretudo, humana nas próximas décadas. Para isso não podemos depender dos governos. Estando ou não dentro deles. Como dizia Vandré, “quem sabe faz a hora”.
Nota 1 – A maioria dos dados aqui apresentados foram extraídos do livro Retratos da leitura no Brasil, publicado pelo Instituto Pró-Livro em parceria com a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, sob a coordenação de Galeno Amorim, diretor do Observatório do Livro e da Leitura, primeiro coordenador do Plano Nacional do Livro e da Leitura entre outras coisas (o currículum do homem é enorme).
Nota 2 – Registro aqui a minha solidariedade ao poeta paraibano Sérgio de Castro Pinto que teve trechos inteiros do seu livro, Longe daqui aqui mesmo, resultado da su tese de doutorado sobre Mário Quintana, usurpados por uma professora da Universidade de Caxias do Sul. Citar a fonte das nossas pesquisas corretamente é uma questão de honestidade intelectual.
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