Tasso da Silveira
Curitibano. Poesia clara, simples, moralista, leve, espiritualista, voltado à religiosidade. Sua poesia filia-se à segunda geração do modernismo.
Obras: Fio d'Água, Definição do Modernismo Brasileiro , Alegorias do Homem Infiel, Canto Absoluto, Discurso ao Povo Infiel,e Puro Canto.
Curitibano. Poesia clara, simples, moralista, leve, espiritualista, voltado à religiosidade. Sua poesia filia-se à segunda geração do modernismo.
Obras: Fio d'Água, Definição do Modernismo Brasileiro , Alegorias do Homem Infiel, Canto Absoluto, Discurso ao Povo Infiel,e Puro Canto.
(As Imagens Acesas, 1928)
EFEITO DE LUZ
Sob o silêncio que flutua,
no crepúsculo
a angra é um espelho de cristal.
De súbito, porém, rompendo a
superfície polida,
como um brusco
reflexo,
o peixe prateado e liso
pula no ar
em esplêndido, caracoleia no
crepúsculo
e retomba no seio da água
adormecida,
que, sonhando, o supõe numa
chispa de luar...
EFEITO DE LUZ
Sob o silêncio que flutua,
no crepúsculo
a angra é um espelho de cristal.
De súbito, porém, rompendo a
superfície polida,
como um brusco
reflexo,
o peixe prateado e liso
pula no ar
em esplêndido, caracoleia no
crepúsculo
e retomba no seio da água
adormecida,
que, sonhando, o supõe numa
chispa de luar...
*
Sonho
Poeta! Quando nasceste, a Terra, árida e estranha,
era um deserto imenso, um caos ermo e fechado.
A inexpressão enchia o espaço, lado a lado...
A alma, trêmula, ansiava a uma angústia tamanha!
Mas surgiste... E ao fulgor que ao teu gesto acompanha,
tudo se transformou... Vieras predestinado...
Fez-se um tesouro egrégio o alto Céu constelado,
uma epopéia o Mar, um símbolo a Montanha!
Mas nem sabes da luz de esplendores eternos
que semeaste... A fulgir, dos teus olhos escorre
o pranto... – Ah! Ser um Deus... O intangível ideal! –
Louco! Mas se és maior do que os deuses supernos...
Eles fizeram, vê, tudo o que passa e morre...
Tu criaste, no Sonho, a Beleza – imortal!...
Fonte: http://www.editoracao.seec.pr.gov.br
Sonho
Poeta! Quando nasceste, a Terra, árida e estranha,
era um deserto imenso, um caos ermo e fechado.
A inexpressão enchia o espaço, lado a lado...
A alma, trêmula, ansiava a uma angústia tamanha!
Mas surgiste... E ao fulgor que ao teu gesto acompanha,
tudo se transformou... Vieras predestinado...
Fez-se um tesouro egrégio o alto Céu constelado,
uma epopéia o Mar, um símbolo a Montanha!
Mas nem sabes da luz de esplendores eternos
que semeaste... A fulgir, dos teus olhos escorre
o pranto... – Ah! Ser um Deus... O intangível ideal! –
Louco! Mas se és maior do que os deuses supernos...
Eles fizeram, vê, tudo o que passa e morre...
Tu criaste, no Sonho, a Beleza – imortal!...
Fonte: http://www.editoracao.seec.pr.gov.br
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