Antonio Thadeu Wojciechowski
Nasceu em Curitiba, Paraná, no dia 24 de dezembro de 1950. É professor e poeta. Professor de Comunicação e Expressão, Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (1978/1983). Professor de Semiótica e Linguagem Avançada da Sociedade Paranaense de Ensino de Informática (SPEI, 1983-1985). Professor de todos os cursos de aperfeiçoamento em ensino de literatura aos professores de Literatura Portuguesa (Salvador, 1983). Professor da Unioeste - Universidade do Oeste do Paraná, para ministrar curso de atualização cultural aos professores, pró-reitores e diretores dos centros acadêmicos (2000 e 2001).
Obras: Um grito na cidade cinzenta, Sala 17, Reis Magros, Thadeu 1, Sangra Cio, Thadeu 2, Meteoro,O Corvo, Feiticeiro Inventor, Pérolas aos Poukos, Os Catalépticos, O Livro do Tao, Eu, Aliás, Nós, O Amor é Lino, Assim até eu.
Conheça um pouco da poesia de Tadeu
Vida
Um ano a mais
um ano a menos
que diferença faz
quando já somos
mais ou menos
mais suaves
mais sábios
mais fortes
mais justos
e de mais a mais
cromossomos
um ano a mais
um ano a menos
a vida é cais
e lá vão nossos sonhos:
barcos pequenos
um ano a mais
um ano a menos
lendo os sinais
nos esquecemos
e quando nos lembramos
é tarde demais
um ano amais
outro adiais
um ano demais
outro de menos
um ano tanto fez
outro tanto faz
um ano como nunca houve outro
um ano sem pagar e só levando o troco
um ano que vem
um ano que vai
e os mesmos ais
mais amenos
*
Quando eu penso no Haiti
Quando eu penso no Haiti
Despencam casas morro acima
Como se ali fosse Hiroshima
Ou alguma coisa que eu já vi
Quando eu penso no Haiti
A Terra treme de susto
Tirando o sono do justo
E do não, enterrados ali
Quando eu penso no Haiti
Vem a imagem da serra pelada
A mata toda escalpelada
Toneladas de carvão a jour d’oui
Quando eu penso no Haiti
Eu troco os pés pelas mãos
Onde estarão meus irmãos
Que eu jamais reconheci?
Quando eu penso no Haiti
As bocas estão comendo dentes
E os demônios com seus tridentes
Gritam: “O inferno é aqui.”
Quando eu penso no Haiti
Zilda Arns está entre os escombros
Com o peso do mundo nos ombros
Atlas da dor que nunca senti
mais no Blog:Polaco da Barreirinha
http://polacodabarreirinha.wordpress.com/
Nasceu em Curitiba, Paraná, no dia 24 de dezembro de 1950. É professor e poeta. Professor de Comunicação e Expressão, Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (1978/1983). Professor de Semiótica e Linguagem Avançada da Sociedade Paranaense de Ensino de Informática (SPEI, 1983-1985). Professor de todos os cursos de aperfeiçoamento em ensino de literatura aos professores de Literatura Portuguesa (Salvador, 1983). Professor da Unioeste - Universidade do Oeste do Paraná, para ministrar curso de atualização cultural aos professores, pró-reitores e diretores dos centros acadêmicos (2000 e 2001).
Obras: Um grito na cidade cinzenta, Sala 17, Reis Magros, Thadeu 1, Sangra Cio, Thadeu 2, Meteoro,O Corvo, Feiticeiro Inventor, Pérolas aos Poukos, Os Catalépticos, O Livro do Tao, Eu, Aliás, Nós, O Amor é Lino, Assim até eu.
Conheça um pouco da poesia de Tadeu
Vida
Um ano a mais
um ano a menos
que diferença faz
quando já somos
mais ou menos
mais suaves
mais sábios
mais fortes
mais justos
e de mais a mais
cromossomos
um ano a mais
um ano a menos
a vida é cais
e lá vão nossos sonhos:
barcos pequenos
um ano a mais
um ano a menos
lendo os sinais
nos esquecemos
e quando nos lembramos
é tarde demais
um ano amais
outro adiais
um ano demais
outro de menos
um ano tanto fez
outro tanto faz
um ano como nunca houve outro
um ano sem pagar e só levando o troco
um ano que vem
um ano que vai
e os mesmos ais
mais amenos
*
Quando eu penso no Haiti
Quando eu penso no Haiti
Despencam casas morro acima
Como se ali fosse Hiroshima
Ou alguma coisa que eu já vi
Quando eu penso no Haiti
A Terra treme de susto
Tirando o sono do justo
E do não, enterrados ali
Quando eu penso no Haiti
Vem a imagem da serra pelada
A mata toda escalpelada
Toneladas de carvão a jour d’oui
Quando eu penso no Haiti
Eu troco os pés pelas mãos
Onde estarão meus irmãos
Que eu jamais reconheci?
Quando eu penso no Haiti
As bocas estão comendo dentes
E os demônios com seus tridentes
Gritam: “O inferno é aqui.”
Quando eu penso no Haiti
Zilda Arns está entre os escombros
Com o peso do mundo nos ombros
Atlas da dor que nunca senti
mais no Blog:Polaco da Barreirinha
http://polacodabarreirinha.wordpress.com/
Fonte: Diversas
Um comentário:
Obrigado pela homenagem. Grande abraço.
Thadeu
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