por Emanuela Siqueira
Lançamento do Livro Poesia sem Pele, de Lau Siqueira. |
Nem sempre um lançamento de obra literária precisa beirar ao glamour ou ainda, ser em um evento focado em somente Literatura. Nos moldes mais underground, aconteceu no dia 10 de maio o lançamento duplo do livro Poesia sem pele, de Lau Siqueira e do jornal MEMAI, de cultura, artes e Letras Japonesas, no Brooklyn Café, em Curitiba.
Mesmo contando com um número pequeno de pessoas o evento foi suficiente para reforçar contatos e conhecer um pouco da produção de escritores que usam a internet e algumas redes sociais como principal meio de divulgar seus trabalhos e criar amizades. Por exemplo, o poeta gaúcho Lau Siqueira — que hoje vive na Paraíba — conheceu alguns dos organizadores do Jornal MEMAI e escritores curitibanos através do site Facebook e assim pôde lançar seu livro por aqui. Situações que são aparentemente inusitadas mas que funcionam muito bem para escritores que não circulam pelo mainstream editorial.
O jornal MEMAI é uma iniciativa muito bacana em divulgar assuntos culturais nipônicos, desde contos e livros a cinema e fotos. Ele é distribuido gratuitamente e também pode ser lido e baixado na íntegra no seu site. Esta edição conta com várias coisas interessantes como uma apanhado sobre o ilustrador Osamu Tesuka, tem História sobre a transição do período Meiji até dicas ótimas de cinema japonês.
Acredito que eventos assim funcionem mais certeiramente do que eventos grandes voltados à Literatura. Claro que a proliferação de eventos tem colaborado — e muito — para que leitores e escritores estreitem laços, mas os eventos maiores ainda colocam ambos cada um em seu lugar, sem muito acesso e facilidade na troca de ideias. E a internet — que tem sido tratada como grande vilã de livros e Literatura — permite que esses escritores do presente circulem Brasil afora divulgando e vendendo seu trabalho, criando ações inéditas, inclusive, para os nomes de grande circulação.
Artigo publicado originalmente no Blog Interrogação.
Um comentário:
A poesia pede lugares discretos e pessoas interessadas.
Curitiba encarna bem esta atmosfera.
Estive no lançamento do livro aqui em Porto Alegre.
Bom ver que o lau continuza escrevendo demais.
Ricardo Mainieri
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