Janske Niemann Schlencker nasceu em 26 de janeiro de 1933 em Amsterdã na Holanda. Filha de Frederick Niemann e Dona Dorotea Niemann. Vieram para o Brasil em 1934 e aqui ficaram até Janske completar quatro anos, quando voltaram à Holanda, permanecendo por lá cerca de um ano. Na volta para o Brasil se radicaram em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Cresceu falando várias línguas, o português, o holandês e o alemão e mais tarde o inglês. Ainda criança descobriu a inclinação para a poesia. Estudou música e foi organista. Escreveu suas primeiras poesias com 15 anos. Aos 18 começou a publicá-las na Tribuna de Petrópolis. Também, desde 1981 colabora com "O Fanal", da casa do Poeta Lampião de Gás, de São Paulo, fundado por Colombina, voltado exclusivamente para poesia. Em 1957 casou-se e passou a morar em Curitiba. Seu primeiro livro “Deixa que eu chore", foi publicado em 1985 e foi premiado pelo programa Chamada Geral, com o apoio da Fundação Cultural e da Biblioteca Pública do Paraná. Em 1999 foi publicado “Deixa que eu fale", que contou com o apoio do Centro de Letras do Paraná, na ocasião sob a presidência da poetisa Adélia Maria Woellner Seu último livro publicado foi “Deixe que doa”. Janske Schlenker pertence a diversas entidades culturais, é Sócia do Centro de Letras do Paraná e na Academia Paranaense de Poesia, ocupa a cadeira 16, cuja Patronesse é Graciette Salmon. Avessa as aparições e aos holofotes, Janske personifica o talento poético. Ela é o que é, grande artista, grande esposa, mãe e mulher. Em sua carreira literária recebeu diversas premiações, sem inclusive distinguida com a Medalha de Mérito Fernando Amaro. (colaboração Paulo Roberto Karam e Ângelo Batista)
Conheça um pouco da poesia de Janske:
DEIXA QUE EU BRINQUE
Deixa que eu brinque por aí, à toa;
as aves brincam, brinca a ventania...
Brincam as flores com a luz do dia
e a borboleta que por elas voa.
Deixa que eu brinque, ainda que me doa
ver escapar-se a límpida alegria
do mesmo olhar, cuja inocência via
em qualquer coisa alguma coisa boa.
Deixa que eu brinque como se, inocente,
eu não soubesse que viver é queixa,
é choro apenas... E eu só peço: deixa...
Deixa que eu brinque levianamente
como se tudo - a nossa vida inteira -
jamais passasse de uma brincadeira...
JANSKE NIEMANN SCHLENKER
( Curitiba - PR )
AQUELE MESMO VENTO
Quando ele vinha - aquele vento amigo -
a me chamar com um sussurro doce,
eu já sabia: vem brincar comigo !
E eu me ia leve, qual se brisa fosse...
Quantos momentos divinais me trouxe
aquele nosso passatempo antigo,
até que um dia ( qual de nós cansou-se ? )
a brincadeira fez-se afago... E sigo...
Pelos lugares antes percorridos
caminho ainda, lábios contraídos,
andar sem rumo, olhar de quem padece...
Hoje ele passa - ainda é o mesmo vento -
e após olhar-me só por um momento
passa por mim... e não me reconhece !
JANSKE NIEMANN SCHLENKER
( Curitiba - PR )
Breve homenagem à Janske
Conheça um pouco da poesia de Janske:
DEIXA QUE EU BRINQUE
Deixa que eu brinque por aí, à toa;
as aves brincam, brinca a ventania...
Brincam as flores com a luz do dia
e a borboleta que por elas voa.
Deixa que eu brinque, ainda que me doa
ver escapar-se a límpida alegria
do mesmo olhar, cuja inocência via
em qualquer coisa alguma coisa boa.
Deixa que eu brinque como se, inocente,
eu não soubesse que viver é queixa,
é choro apenas... E eu só peço: deixa...
Deixa que eu brinque levianamente
como se tudo - a nossa vida inteira -
jamais passasse de uma brincadeira...
JANSKE NIEMANN SCHLENKER
( Curitiba - PR )
AQUELE MESMO VENTO
Quando ele vinha - aquele vento amigo -
a me chamar com um sussurro doce,
eu já sabia: vem brincar comigo !
E eu me ia leve, qual se brisa fosse...
Quantos momentos divinais me trouxe
aquele nosso passatempo antigo,
até que um dia ( qual de nós cansou-se ? )
a brincadeira fez-se afago... E sigo...
Pelos lugares antes percorridos
caminho ainda, lábios contraídos,
andar sem rumo, olhar de quem padece...
Hoje ele passa - ainda é o mesmo vento -
e após olhar-me só por um momento
passa por mim... e não me reconhece !
JANSKE NIEMANN SCHLENKER
( Curitiba - PR )
Breve homenagem à Janske
Atitudes*
Andréa Motta
Para a Poetisa Janske Schlenker
Quando perco o senso
Deixa que eu fale
das emoções que fervilham
da saudade que extrapola meus limites
Aguçada a sensibilidade
Deixa que eu chore
o turbilhão de sentimentos
alegres ou tristes
que me completam
e gritam
o velho
e comum.
Deixa que eu inunde
com rimas imprecisas
as madrugadas
que me habitam e deleitam
Finalmente, deixa que eu sorria
sem motivo certo
sem qualquer receio
do novo e do incerto.
10/01/07.
*Publicado na Revista do Centro de Letras do Paraná nr.51- Junto 2008, pág.54.
Roza de Oliveira declamando um dos belissimos sonetos de Janske.
Um comentário:
mis saludos desde Santiago de Chile
Leo Lobos
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