sábado, 29 de agosto de 2009

Roza de Oliveira: Tarde de Autógrafos dia 30 de agosto na Bienal

Sessão de Autógrafos
Autora: Roza de Oliveira

Livros:
1- MAGISTÉRIO E POESIA ( R$ 15,00)
2- POESIA PARA AS NOSSAS CRIANÇAS ( R$ 10,00)
3- A MENINA QUE QUERIA VOAR ( R$ 5,00)

Quando: domingo, 30 de agosto 2009,
Horário: a partir das 16 horas.
Onde: na Expo Unimed, na universidade positivo em campo comprido,

ROZA DE OLIVEIRA, nascida a 26 de agosto de 1941, Filha de Sebastião Bembém de Oliveira (de saudosa memória) e Dona Elazir Rocha de Oliveira. Casada desde 31/12/2000 com o Maestro Júlio Enrique Gomez. Professora desde os 15 anos de idade. Já atuou no primeiro, segundo e terceiro graus em Paranavaí, Londrina e Curitiba.

Formação Escolar:
Letras Franco-Portuguesas pela faculdade de filosofia de Paranavaí.
Mestrado em Letras-Literatura Brasileira - pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Cursos Ministrados na Pós-Graduação:
Ano de 1994: Alunos de letras da Faculdade Tuiuti, curso literatura universal ofertado pelo CEPPE - Tema: As imagens do ar nos poemas de Tasso da Silveira ( teoria bachelardiana) 16 horas - 16 e 17/09/1994.
Ano de 1997: Na PUC - Aspectos gerais da língua portuguesa. Curso 725 - LIngua Portuguesa - Disciplina TLO 621 - 25 horas aulas 14/11 a13/12/1997.

Entidades Culturais que a Roza de Oliveira pertence entre outras:
- Academia Paranaense da Poesia, da qual é presidente.
- Centro de Letras do Paraná.
- Academia feminina de letras do Paraná. Cadeira 32, tendo como patrona a escritora Ludovica Bório.
- Centro Paranaense Feminino de Cultura.
- Academia de Letras José de Alencar, Cadeira 17 - Patrono Machado de Assis - 1º ocupante - Vasco José Taborda Ribas.
- União Brasileira de Trovadores (UBT).
- Círculo de Estudos Bandeirantes (PUC).

LIVROS PUBLICADOS entre outros:

POESIAS:
- Escalada - Gráfica União - Paranavaí, 1979.
- Halley Cruzado & Cia - Poesia do Dia-a-Dia - Lítero - Técnica, Curitiba, 1986.
- S.O.S. Vida, Verde, Paz, no Pesadelo da Violência - Gráfica do Unificado, Curitiba, 2ª edição 1990.
- Poemas de Amor - Neoprinte, Curitiba 1993.
- Minhas Trovas de Humor e Retrucando Minhas Trovas de Humor- Neoprinte, 2ª edição 1993.
- Paródias Musicais, Poemas e Trovas para as Celebrações Escolares - Assintec, 1ª edição 1992 e Neoprinte nas demais edições
- Caracolando - Poesias - Gráfica do Unificado - 1997.

PROSA:
- Passeio Cósmico - H.D.V. Curitiba - 1989.
- A Menina que Queria Voar - Gráfica do Unificado - 1990.
- O Cavalinho de Guilherme - Gráfica o Unificado - 1993.

ENSAIO CRÍTICO:
- As Imagens do Ar nos Poemas de Tasso da Silveira
Publicação da Secretaria de Estado da Educação - 2001

PARTICIPAÇÕES EM ANTOLOGIAS:
- Seara Nova - Contos e Poesias ( pág. 99 a 102 ) Gráfica União. Paranavaí - 1978.
- Sesquicentenário da Poesia Paranaense - Ed. Lopes dos Santos 1985. Lítero Técnica Org. por Pompília Lopes dos Santos. ( Pág. 281 e 282) Ed. Lítero Técnica - Curitiba - 1985.
- Caderno Pedagógico da Assintec - Associação Interconfessional de Curitiba - 1994.
- O Lúdico na Trova - Org. Ida Dutra Sacramento ( pág. 72) Ed. Dois Irmãos - Rio de Janeiro - 1995.
- Mulheres Escrevem - Centro Paranaense Feminino de Cultura (pág. 173 a 175) Vizagraf. Curitiba - 1997.
- Antologia dos Acadêmicos - Edição comemorativa dos 60 anos da Academia de Letras José de Alencar, Scortecci editora - 2001
- Semeadura da Paz - Publicação do Clube Soroptismista Internacional - Gráfica da Assembléia legislativa do Paraná - 2000.

LIVROS PREFACIADOS:
- Rútilo (Prosa-Ficção) do autor Milton Vicente Ferreira Editora Lítero Técnica Curitiba - 1987.
- Um Sonho Atrás da Porta (Conto) da autora Eliana Damico Fonseca. Editora Lítero Técnica. Curitiba - 1990.
- Caleidoscópio Poético (poemas) de Horácio Ferreira Portela. Editora Neoprinte. Curitiba 1994.
- Roda - Viva (contos) de Martha Francisca Scripes. Imagem Gráfica e Editora Ltda. Cambé - 1996.

Roza de Oliveira é eximia declamadora, fez palestras e conferências em entidades de várias cidades do Estado do Paraná. Recebeu várias homenagens, diplomas, medalhas, troféus e menções honrosas referentes aos serviços prestados e participações de concursos literários.

A Poesia de Roza de Oliveira:


A Palmeira

Na escalada da Montanha
a palmeira ameaçada
por estranho vendaval
entrelaçou-se a um Carvalho
que contente lhe ofertou
segurança paternal

Embora tão diferente
dentro da vegetação...
unida é bem mais feliz
do que todas as demais
que vivem na solidão.

*

Instantâneo

Sempre que me inauguro
em teu sorriso
sinto tocar de leve
o Paraíso

*

Metamorfose

Dentre as setas
com que me feres
eu forjarei a Agulha
com que bordarei a tela
da minha noite escura.
Nela tecerei
a Estrela que nos guia
com mãos de ternura

Sessões de Autógrafos e Programação Geral da Bienal de Curitiba

Programação Geral da I Bienal do Livro de Curitiba

Para acessar a programação completa clique aqui.
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Autores : Sessão de autógrafos

Confira os autores que estarão na I Bienal do Livro de Curitiba.
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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Criação da Província do Paraná - 29 de agosto de 1853

Contribuições para a História Legislativa
da Criação da Província do Paraná.
Artenor Luiz Bósio


Introdução

O Paraná era até 1853 uma das comarcas da Província de São Paulo, a Comarca de Curitiba. Sua emancipação deu-se pela edição da Lei nº 704, de 29 de agosto de 1853, que marcou o encerramento desse trabalho do Legislativo Imperial, desenvolvido em três diferentes períodos: 1843, 1850 e 1853.

A aprovação final

Na sessão de 20 de agosto, após um debate final entre Ribeiro de Andrada e Barreto Pedroso, é aprovado definitivamente, em terceira discussão, sem qualquer mudança no texto do Senado, o projeto que eleva a província a Comarca de Curitiba (ANAIS-CD, 20 ago.1853, v.IV, p.279). Dois deputados, Pereira Jorge e Pacheco Jordão, fazem questão de apresentar à mesa declarações de seus votos, contrários ao projeto (ANAIS-CD, 20 ago.1853, v.IV, p.279).Seis dias depois, em 26 de agosto de 1853, o autógrafo é encaminhado à Sanção Imperial pelo presidente da Câmara dos Deputados, Francisco de Paula Candido.

Sanção da Lei nº 704, de 1853.

Finalmente, em 29 de agosto de 1853, o decreto aprovado pelas duas casas legislativas é sancionado pelo Imperador D. Pedro II, tornando-se lei:

Lei nº 704, de 29 de agosto de 1853
Eleva a comarca de Curitiba na Província de S. Paulo à categoria de Província, com a denominação de — Província do Paraná.

Art. 1º A comarca de Curitiba na província de S. Paulo fica elevada à categoria de Província, com a denominação de — Província do Paraná —. A sua extensão e limites serão os mesmos da referida comarca.

Art. 2º A nova Província terá por Capital a Cidade de Curitiba, enquanto a Assembléia respectiva não decretar o contrário

Art. 3º A Província do Paraná dará um Senador, e um Deputado à Assembléia Geral; sua Assembléia Provincial constará de vinte Membros.

Art. 4º O Governo fica autorizado para criar na mesma Província as Estações fiscais indispensáveis para a arrecadação, e administração das Rendas gerais, submetendo depois o que houver determinado ao conhecimento da Assembléia Geral para definitiva aprovação.

Art. 5º Ficam revogadas as disposições em contrário.


Instalação da Província do Paraná

Uma semana após a promulgação da lei, em 6 de setembro de 1853, forma-se o chamado ministério de conciliação, que logo nomeia — em 17 de setembro — o deputado baiano, ex-conselheiro de estado e ex-ministro da Marinha, Zacarias de Góes e Vasconcelos como primeiro presidente da Província do Paraná.


No dia 19 de dezembro de 1853, o novo presidente instala o governo da Província na cidade de Curitiba. Zacarias organizou o governo provincial e promoveu as eleições para os cargos de senador3, um deputado à Assembléia Geral e vinte deputados à Assembléia Legislativa, instalando-se essa Casa em 15 de julho de 1854. Seu primeiro ato legislativo, a Lei nº 1, de 26 de julho, fixa Curitiba como capital da Província.
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Conclusão:
Foram múltiplos os fatores que determinaram a criação, pelo Parlamento brasileiro, da nova Província. Além das sempre presentes causas políticas e econômicas, impulsionaram a ação legislativa, evidentes interesses estratégicos de Estado — notadamente aqueles voltados para a unidade do Império e preservação dos domínios territoriais historicamente conquistados pelo Brasil.

Angelo Batista na Bienal: lançamento de livro

CONVITE
Para o lançamento do Livro ANTOLOGIA "A POESIA E O CONTO"

Autor: ANGELO BATISTA
Data: 02 de setembro de 2009
Horário: 19 HORAS
Aonde: Na EXPO UNIMED - BIENAL DO LIVRO
RUA PROF. PARIGOT DE SOUZA 5300 - CAMPO COMPRIDO - CURITIBA PR
CAMPUS DA UNIVERSIDADE POSITIVO

ANGELO BATISTA (Angelo da Farmácia)

Nascido na cidade de Mandaguari, no interior do Paraná, criado na lavoura, enfrentando todas as dificuldades da vida pobre na companhia dos 11 irmãos, mas com toda a garra herdada de seus pais Francisco e Laura. Há quase 40 anos trabalha no ramo farmacêutico. Angelo sempre trabalhou com afinco na defesa dos interesses da classe, conjuntamente aos demais membros do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Paraná - SINDIFARMA. Além da efetiva atuação como membro sindical, Angelo sempre se destacou pela força de sua ação comunitária nos bairros de nossa capital, especialmente no bairro Uberaba, sua casa na Cidade de Curitiba. Prestando auxílio como conselheiro comunitário nas igrejas, ministrando palestras, colaborando com escolas e outras entidades onde a cidadania é exercida, Angelo sempre personificou a honestidade e perseverança do cidadão.

Grande conhecedor da história brasileira e mundial é compositor, poeta e escritor com diversos livros publicados - além de outros ainda inéditos. Angelo, além de participar da União Brasileira de Trovadores- UBT-CTBA, do Centro de Letras do Paraná, da Academia Paranaense da Poesia (Cadeira 37) e da Academia de Cultura de Curitiba, fez parte da Comissão Municipal de Incentivo a Cultura da Cidade de Curitiba, contribuindo assim para arte e expressão cultural genuínas de nossa cidade. Foi Juiz classista da 18ª Vara do Trabalho de Curitiba, prestando valoroso auxílio ao bom desempenho da justiça trabalhista nesta Comarca. Por insistentes pedidos de amigos, familiares e da população, Angelo candidatou-se ao cargo de Vereador na eleição municipal de Curitiba no ano de 2000, sagrando-se mandatário da confiança popular, sendo então eleito pela primeira vez Vereador de Curitiba.

Um pouco da poesia de Angelo:

Quem me dera


Ter conhecimento das estrelas
e ao vê-las chamá-las de você
intimamente, sem deixar de dar um oi
ao sol estrela menor.

Andar pelo firmamento alhures
como se chutasse latas
em uma viela de minha cidade

Como se as enormes galáxias
fossem como um oceano, uma montanha
e suas entranhas sem novidade.

Conhecedor do universo, do mundo
seria eu senhor da vida
e aí sonhar com o que
seria um Deus, sonhar pra que?
(Extraído do seu livro "Poetas da Feira e da Pátria Brasileira - 1994)

O MERCOSUL no Divã : Lançamento na Bienal

Lançamento durante a Bienal do Livro de Curitiba

Livro: O MERCOSUL no Divã
Organização: Gleuza Salomom
Alguns Autores Paranaenses: Beto Carminatti, Daniel Binotto, Edwaldo Schelder, Gleuza Salomom, Josely Vianna Baptista, Priscila Vieira, Sonia Maria Davanso, Wilson Bueno.

Dia: 02 de setembro de 2009
Horário: das 16h às 18h.
Onde: Expo Unimed
Rua Prof. Parigot De Souza 5300 - Campo Comprido - Curitiba Pr
Campus Da Universidade Positivo.

Exposições em Curitiba

Missões - Conquistando Almas e Territórios

A Secretaria de Estado da Cultura abre nesta sexta-feira (28), às 19 horas, a exposição Missões: Conquistando Almas e Territórios na Casa Andrade Muricy (Al. Dr. Muricy, 915). No local serão expostos, pela primeira vez, documentos e objetos que integram acervos de diferentes instituições do estado. A entrada é franca e a exposição permanece aberta até o dia 22 de novembro.

De caráter didático, a mostra divulga e aprofunda o conhecimento da história do Paraná dos séculos 16 e 17 e é composta por seis núcleos temáticos. Foram incluídos os Guaranis antes da colonização, a natureza do território paranaense, o processo de evangelização dos jesuítas, as cidades e missões que foram construídas, os bandeirantes e a destruição do Paraná espanhol. Por último, as pesquisas arqueológicas feitas sobre o tema.

A montagem foi feita por especialistas para que o visitante tenha contato e aumente o conhecimento sobre o período histórico no qual o Paraná estava do outro lado do Tratado de Tordesilhas, do lado espanhol. “Nos dois andares da Casa Andrade Muricy contamos esse período histórico de forma lúdica, com ambientações, música e imagens para cada núcleo temático. O espaço foi inteiramente ocupado e estarão expostos objetos de cerâmica, artefatos de metal, quadros pintados no que retratam a época, além de uma coletânea de vídeos que ilustram as pesquisas arqueológicas”, disse a curadora Rosemeire Odahara Graça.
O público conhecerá um pouco da história que foi encontrada no antigo Território Natural do Guairá. Serão expostos vasos feitos pelos Guarani, ao lado de tesouras, medalhas religiosas e armadura usadas pelos espanhóis e, ainda, algumas armas dos bandeirantes como facas e espadas. Odahara lembra que o acervo é proveniente de todas as regiões do estado que, pela primeira vez, está sendo apresentado ao público no mesmo espaço. “Durante um ano de pesquisa conseguimos o apoio de vários museus do Paraná e reunimos parte significativa dos objetos para que a exposição pudesse contemplar diversos aspectos e épocas do contexto histórico em questão”.

Período – a exposição abrange os séculos 16 e 17 no território de um Paraná que, na época, estava na região espanhola do continente. Foi nessa ocasião que surgiram as primeiras reduções jesuíticas que, depois de um intenso trabalho de catequese dos Guaranis, foram dizimadas com a chegada dos bandeirantes. “Com a necessidade de buscar mão de obra escrava indígena, os bandeirantes devastaram todo esse território e todo e qualquer resquício físico do que foi o estado naquela época, praticamente desapareceu”, afirma.

A exposição Missões: Conquistando Almas e Territórios faz parte do projeto “Guaranis e as Reduções Jesuíticas no Território do Paraná” que tem o objetivo de esclarecer, incentivar, divulgar e aprofundar o conhecimento da história paranaense nos séculos 16 e 17. Para isso a Secretaria de Estado da Cultura fez em outubro do ano passado, o Seminário Internacional Espanhóis e Indígenas no Território Paranaense da Província do Guairá: Séculos 16 e 17, com pesquisadores das áreas de História e Arqueologia. A SEEC também promoveu o concurso de monografias “Espanhóis e Indígenas no Território Paranaense da Província do Guairá: Séculos 16 e 17” – voltado aos pesquisadores do tema, com prêmios de R$10 mil, R$7 mil e R$3 mil. O resultado será divulgado na cerimônia de abertura da exposição. A mostra Missões: Conquistando Almas e Territórios teve como equipe de pesquisadores – coordenada pela curadora Rosemeire Odahara - Aimoré Índio do Brasil Arantes, Cláudia Inês Parellada, Euclides Marchi, José Luiz de Carvalho e Myriam Sbravati. A montagem e concepção cênica são de Áldice Lopes, André Largura e Giovana Kimak com iluminação de Beto Bruel. No local ainda haverá um programa de inclusão social para os deficientes visuais com peças que poderão ser tateadas e folhetos em braile, feitos em parceria com o Instituto Paranaense de Cegos.

Serviço
Exposição Missões: Conquistando Almas e Territórios.
Abertura Sexta-feira, dia 28, às 19 horas
Casa Andrade Muricy (R. Andrade Muricy, 915 – Curitiba/PR).
Entrada franca.
Horário de visitação: de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 19h. Sábado, domingo e feriado, das 10 às 16h.
Agendamento para visitas orientadas: 41 3321-4816.
A exposição permanece até o dia 22 de novembro.

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Curitiba em mosaicos
De 29 de agosto a 13 de setembro o Mosaico Curitibano estará em exposição no Jardim Botânico, em Curitiba. A mostra traz 45 artistas que vão apresentar o mosaico em expressões de arte e sentimento. A liberdade e a diversidade dão o tom da exposição. O Mosaico Curitibano apresenta as mais diversas bases e materiais que vão transportar ao público uma mostra de cores, ideias e movimentos.
A exposição tem o patrocínio da revista Mosaico na Rede, Bella Banoffi Café e Confeitaria, Ffee’s Arte – Mosaicos, Revestimentos e Decoração, Cerâmica Strufaldi, Pastilhart – pastilhas & mosaicos e Centro de Convivência da Linguagem BMA. Apoio: Prefeitura Municipal de Curitiba e Associação de Amigos do Jardim Botânico de Curitiba.

Anote:
Onde: Museu Botânico Municipal - Jardim Botânico.
Endereço: Rua Ostoja Roguski,
s/nº - Curitiba/PR.
Quando: de 29 de agosto a 13 de setembro.
Horário: de Segunda a Sexta, das 8:30h às 12:00h e das 13:00 às 17:00h. Sábados, Domingos e Feriados, das 9 às 18 h.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Entidades Culturais de Curitiba e a Bienal do livro : Programação

Dia 30/08 – 9:00h as 21:30h

09:30h:
“Homenagem a Antonio Carlos Jobin”.

Responsabilidade da Academia de Cultura de Curitiba

10:45h as 12:00h:
“A Festa da Primavera de Dário Vellozo” .

Responsabilidade do Centro Feminino de Cultura.

14:30h
“Tertúlia” com o publico
. Declamação de Poesias e Trovas
Responsabilidade da Academia Paranaense da Poesia e União Brasileira de
Trovadores.

15:45h - Intervalo para café.

16:00h
Tertúlia para o público.
Declamação de Trovas e Poesias
Responsabilidade da Academia Paranaense da Poesia e União Brasileira de
Trovadores.

17:00
“A música e a literatura”.
Responsabilidade Academia de Cultura de Curitiba.

17:30h
“A carta da Baronesa”.
Responsabilidade do Centro de Letras do Paraná.

18:30h
“Barão do Cerro Azul”.

-“O Homem” - palestra de Fernando Fontana (bisneto do Barão).
-“O herói nacional” – palestra de Anthony Leahy (pesquisador).
Responsabilidade do Centro de Letras do Paraná e Academia Paranaense de Letras.

19:30h
“O preço da Paz”
– filme de Mauricio Appel, baseado no livro “A ultima viagem do Barão do Serro Azul” de Túlio Vargas.

Onde acontece: Expo Unimed
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300
Campo Comprido - Curitiba - PR - CEP 81280-330
Tel.: (41) 3317-3000 Fax:(41) 3317-3030

Como Chegar:

O Expo Unimed Curitiba está a 15 minutos do Centro de Curitiba e a 25 minutos do Aeroporto Internacional Afonso Pena, pelo contorno Sul.

Transporte coletivo :

Linha Expresso Centenário - Campo Comprido (pontos centrais na avenida Sete de Setembro, praças Rui Barbosa e Osório e terminal Campina do Siqueira ).

Linha Ligeirinho Pinhais - Campo Comprido (estações atrás da Catedral de Curitiba, praça 29 de Março e terminal Campina do Siqueira).

:: No Terminal Campo Comprido, pegar o alimentador Univ. Positivo.
:: Dentro do câmpus da Universidade Positivo há três pontos: ao lado do Estacionamento 2, ao lado do Centro Esportivo e entre os estacionamentos 6 e 7.

:: Horários de ônibus: Clique
AQUI, selecione a linha de ônibus desejada para visualizar os horários disponíveis.

Condução própria
Seguir pela rua Padre Agostinho (via rápida Champagnat) até o final dela. Continuar pela Rua Pedro Viriato Parigot de Souza. A Universidade Positivo encontra-se à direita, cerca de um quilômetro depois do Terminal Campo Comprido.

Primeiro Concurso de Monografia do Centro de Letras do Paraná.

O Centro de Letras do Paraná em parceria com o Movimento Pró- Paraná lançará durante a Bienal do Livro de Curitiba o primeiro Concurso de Monografia do Herói Nacional Barão do Serro Azul, voltado a estudantes do ensino superior e com premiação em dinheiro.

Objetivo:
Estimular conhecimento sobre a história do Paraná

"O concurso visa resgatar a memória do Barão de Serro Azul e ajudar na divulgação da história do Paraná, que é bastante rica, mas pouco conhecida", afirma o presidente do Centro, desembargador Luís Renato Pedroso.

Tema:
O Barão do Serro Azul, o homem, o empresário e o herói, na história do Paraná.

Participantes:
Alunos do Ensino Superior do Estado do Paraná.

Prazo das Inscrições:
Até 23 de fevereiro de 2010.

Premiação:
Para as monografias selecionadas e classificadas serão atribuídos os seguintes prêmios:
Primeiro Lugar: R$ 7.000,00 (sete mil reais)
Segundo Lugar: R$ 4.000,00 (quatro mil reais)
Terceiro Lugar: R$ 3.000,00 (três mil reais)

Clique na imagem para acessar a íntegra do Regulamento.

Literomania - Sarau dos Jovens Poetas



Bienal do Livro - POESIA:
"Literomania - Sarau dos Jovens Poetas", na I Bienal do Livro de Curitiba, no próximo sábado (29/8) das 19h às 21h30 no Espaço Conexão Geral, organizado pela Revista OFFLINE (editor Ricardo Peruchi). A sessão terá início com uma homenagem ao Paulo Leminski por seus 65 anos. Logo após poetas paranaenses convidados declamarão seus poemas.

A história do Paraná e a bienal do livro de Curitiba

Curitiba recebe a sua primeira bienal
Cintia Végas . Estéfano Lessa/ Divulgação

Na foto: Luís Renato Pedroso, presidente do Centro de Letras do Paraná, Alcione Araújo, curador da Bienal do Livro de Curitiba, e Julcio Torres, diretor da agência Esfera.

Até o próximo dia 4 de setembro, a capital do Paraná deve se tornar também a capital da literatura e da cultura do Brasil. A primeira edição da Bienal do Livro de Curitiba abre as portas para o público hoje, com programação bastante diversificada.

"Além de cultura e literatura, a bienal deve abordar temáticas ambientais. É a primeira bienal do Brasil que tem um tema. A crise planetária relativa às mudanças climáticas não pode mais deixar de ser abordada como uma questão ambiental", diz o curador da bienal, o dramaturgo, cronista e escritor carioca Alcione Araújo.

A programação da bienal envolve exposição de livros, realização de mini cursos, exibição de filmes, palestras, oficinas, sessões de bate-papo com grandes autores, contação de histórias para criança e mesas-redondas.

"Farão parte da bienal diversas manifestações artísticas que são tangenciais ou conjuntas ao livro", explica o diretor da agência Esfera, que é a organizadora do evento, Julcio Torres.

O lançamento de obras literárias - como trinta obras que serão lançadas dentro do projeto de literatura infantil Zepelim, da editora Positivo - também serão destaque.

Obras como O papel roxo da maçã, de Marcos Bagno, e A viagem de retalhos, de Sonia Robatto, entram no mercado editorial para estimular o imaginário infantil e despertar diversas sensações nas crianças.

"Marcos Bagno e Sônia Robatto, entre outros, são nomes que, com certeza, já representam e ainda representarão o melhor da literatura infantil daqui para frente. Embora sejam menos conhecidos do grande público, são autores tão primorosos como, por exemplo, Ana Maria Machado, Marina Colasanti ou Bartolomeu Campos de Queirós", garante o editor de literatura infantil da Editora Positivo, Marcelo Del'Anhol.

"A bienal de Curitiba terá características bastante próprias. Em diversos lugares do mundo, as bienais passaram a ser mais focadas na venda de livros do que concentradas na literatura em si. Na capital paranaense, isto não deve acontecer. A cidade tem grande vocação literária e a bienal deve contemplar diversas questões referentes à contemporaneidade literária", comenta Alcione.

Durante o evento, a história do Paraná não será deixada de lado. O Centro de Letras do Paraná estará lançando o primeiro Concurso de Monografia do Herói Nacional Barão do Serro Azul, voltado a estudantes do ensino superior e com premiação em dinheiro.

"O concurso visa resgatar a memória do Barão de Serro Azul e ajudar na divulgação da história do Paraná, que é bastante rica, mas pouco conhecida", afirma o presidente do Centro, desembargador Luís Renato Pedroso.

Com investimento de R$ 1 milhão da iniciativa pública e privada, a bienal será composta de setenta estandes e tem público esperado de 50 mil pessoas, entre visitantes, artistas e expositores.

A programação completa do evento, assim como os horários e dias das atividades que o irão compor, podem ser acessadas no site da Bienal:
http:// www.bienaldolivrocuritiba.com.br.

Fonte: Paraná Online

O paranaense Domingos Pellegrini lança Professor milionário

Bienal do Livro de Curitiba terá grandes lançamentos
O paranaense Domingos Pellegrini lança Professor milionário!.

Os curitibanos se preparam para o seu maior evento literário. A partir de hoje (27/08) até o dia 4 de setembro, a primeira edição da Bienal do Livro de Curitiba promoverá uma série de atividades e discussões sobre educação, cultura e sustentabilidade. A Editora FTD, que estará com um estande no evento, será uma das grandes editoras que estará apresentando seus lançamentos.

Entre os destaques da FTD está Professor milionário!, de autoria do escritor paranaense Domingos Pellegrini. Com uma narrativa baseada em valores, o livro traz reflexões sobre a necessidade de se repensar a educação no Brasil, sem perder a leveza e dar um tom divertido ao texto.

O personagem principal desta história é Alu, um professor reformador que ganha na loteria, depois de comprar uma cartela inteira para ajudar a escola, e passa a surpreender a cidade com seus investimentos em educação, ecologia e empreendedorismo, contrariando as expectativas gerais de lazer e consumismo.

Para Domingos Pellegrini, "os investimentos em educação beneficiam não apenas as pessoas que se educam, mas toda a comunidade em que elas vivem e atuam. A reforma da educação, no Brasil, é uma necessidade urgente para o desenvolvimento social e econômico", e é esta mensagem que pretende deixar em seu novo livro. O escritor londrinense estará no estande da editora no dia 3 de setembro, às 15h, para o lançamento e tarde de autógrafos.

Para os pequenos leitores a novidade fica a cargo do escritor Luiz Galdino, que apresenta a edição renovada de O mágico errado. O livro conta as experiências mal sucedidas de Arquibaldo Serafim, que quando apresenta seus truques para o público nada dá certo.

Ao invés de coelhos saírem da cartola, saem gambás, no lugar de pombas, urubus. Somente uma turminha bem humorada para encorajar esse mágico trapalhão a não desistir da profissão. O escritor estará no dia 2 de setembro, às 14h30, para lançar o livro.

Outro escritor que aportará na feira é Fernando Carraro. Também no dia 2 de setembro, às 10h, ele autografa os lançamentos Quem ama partilha e Um mundo melhor para todos.

Grande parte de suas obras é dedicada a temas sobre responsabilidade social e cidadania, e nestes novos trabalhos não faz diferente, discute sobre solidariedade, preservação ambiental, consumismo e trabalho infantil.

Serviço
Bienal do Livro de Curitiba
De 27 de agosto a 04 de setembro, das 9h às 21h, no Expo Unimed Curitiba (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300).
Entrada: R$ 2,00 (inteira), R$ 1,00 (estudantes) e ingresso grátis (crianças, professores e idosos).

Fonte:
Paraná Online

Bienal do Livro: Maratona cultural tem 328 eventos em 8 dias

Com uma programação extensa e nomes importantes da literatura nacional, evento começa hoje no Expo Unimed, dentro da Universidade Positivo . Publicado em 27/08/2009 Irinêo Netto

Bienal do Livro de Curitiba promete assoberbar o público. A programação tem um total de 328 eventos em oito dias. Seminários, mesas-redondas, exibição de filmes, oficinas e bate-papos se distribuem em pelo menos dez espaços. Sem mencionar os 70 estandes das livrarias e editoras. A Fnac, para ficar num exemplo, terá uma série própria de conversas com escritores (leia mais nesta página). Há até peças de teatro.

A partir de amanhã e até o dia 3, sete debates ocupam o horário nobre – na faixa das 19h30 às 21h30, sempre no Auditório Paulo Leminski. É por ele que passarão Cristovão Tezza, Ruy Castro, Carlos Heitor Cony, Moacyr Scliar e outros, conversando sobre temas que vão de biografia ao meio-ambiente. (Renata Stoduto/Divulgação)

Confira o que acontece nos dias 27 e 28 de agosto na Bienal do Livro

Paulo Leminski - O evento começa dia 27 de agosto às 9 horas, com dois seminários que acontecem simultaneamente em auditórios diferentes. Leituras Apaixonadas: Literatura e Pensamento Social acontece no espaço Paulo Leminski I, enquanto História, Literatura e Ensino: Narrativas Plurais ocupa o Paulo Leminski II. A programação se repete amanhã, no mesmo horário.

Cine bienal - O Dragão Fora da Caverna: Paralelos entre Literatura e Ciências é o seminário a ser realizado ao longo do dia no espaço Cine bienal, hoje e amanhã. No mesmo local, às 18 horas de amanhã, acontece a exibição do filme Mudanças Climáticas, da Fundação Boticário. Às 19 horas, é a vez de O Preço da Paz – A História do Barão do Cerro Azul. Às 20 horas, será exibido o documentário Meu Brasil.

Auditório Memorial - O tema Erotismo na Literatura pauta a discussão que acontece das 9 ao meio-dia e das 13 às 18 horas. Hoje, com reprise amanhã.

Palestra - Em três faixas horárias (10, 15 e 19 horas), o escritor Fabrício Carpinejar fala sobre O Papel da Crônica na Imprensa e no Blog”.

Momento Fnac - Programação definida pela rede de livrarias, com escritores, hoje, às 11, 14, 16 e 17 horas. Amanhã, às 11 e 14 horas.

Fonte: Gazeta do Povo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Lançamento de livros durante a I Bienal do Livro de Curitiba

Convidamos você e seus amigos para participar durante a I Bienal do Livro de Curitiba do lançamento dos livros:

Nó de Laço - Poesias
A Brisa é você - Minicontos.
Autora: Consolação Buzelin
Dia: 27 de agosto de 2009
Horário: 19:30 às 21:30h

Imagens de Inocência
Autora: Maivillis Amaro
Dia: 28 de agosto de 2009
Horário: 16:00 horas

Tudo é Poesia
Autor: Paulo Gomes
Dia: 29. de agosto de 2009
Horário: das 14:00 às 16:00hs

Sonhos Pluviais
Autor :Ralf Gunter Rotstein, o Poeta da Chuva
Dia 29 de agosto de 2009
Horário: das 14:00 às 16:00hs

Antologia Blablablogue e Jornal Memai
Autores: Marília Kubota e Outros
Dia: 29 de agosto às 19:00hs


Todos os lançamentos ocorrerão na Expo Unimed Curitiba - Espaço de lançamentos
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300
Campo Comprido - Curitiba - PR - CEP 81280-330
Tel.: (41) 3340-4300 Fax: (41) 3340-4343

Cristovão Tezza aponta perspectivas para a literatura

Porta aberta para o mundo
Vencedor de cinco prêmios em 2008, Cristovão Tezza aponta perspectivas para a literatura de língua portuguesa
por Luciana Lana Ramos


Sobre ter recebido o mais importante prêmio literário do mundo, em 1998, o escritor, jornalista, roteirista, dramaturgo e poeta português José Saramago disse: "Sim, tenho o Prêmio Nobel; e quê? É insignificante". Maior responsável pelo reconhecimento internacional da literatura de língua portuguesa, Saramago justificou a modéstia dizendo que, em relação ao Universo, o reconhecimento recebido não tinha qualquer poder transformador. Em relação ao universo literário brasileiro, prêmios vêm sendo cada vez mais representativos. Que o diga o escritor Cristovão Tezza, que, em doze meses, venceu cinco premiações. Seu romance O Filho Eterno foi eleita a melhor obra de ficção em dezembro de 2007 pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e, em 2008, levou o Prêmio Jabuti de melhor romance, o prêmio Bravo! de melhor obra, a primeira colocação no Portugal-Telecom de Literatura em Língua Portuguesa e o Prêmio São Paulo de Literatura como melhor livro do ano. "Nos últimos anos, a literatura brasileira começou a circular muito mais, a encontrar leitores, a ser valorizada por um conjunto de prêmios e concursos de grande repercussão e a receber uma boa atenção das editoras", Tezza comenta, em entrevista para a CP Língua Portuguesa. O autor reclama da "solidão da língua portuguesa" - que dificulta o reconhecimento internacional - e também não esquenta muito com o atual acordo ortográfico ("daqui a pouco ninguém mais se lembrará da reforma"), mas enxerga oportunidades para os escritores brasileiros no momento atual, em que o mercado brasileiro atrai editoras estrangeiras e alguns autores - como foi o seu caso - têm suas obras traduzidas e lançadas no exterior. Nesta entrevista, Tezza conta um pouco de sua trajetória, comenta O Filho Eterno, fala de alguns novos projetos e incentiva leitores e escritores: "a escrita é a mais ampla porta que se pode abrir para o mundo."

CP Língua Portuguesa - Qual a sua opinião sobre o acordo ortográfico entre os países de língua oficial portuguesa?
Cristovão Tezza -
Em princípio, não sou contra reformas ortográficas. A reforma de 1971, por exemplo, melhorou muito a grafia da língua. A atual tem claramente um perfil político - a utopia da unificação da escrita entre os países oficialmente lusófonos. Do ponto de vista técnico, é tímida. Eliminou algumas redundâncias gráficas, simplificou alguma coisa aqui e ali (o trema, por exemplo) e tentou pôr ordem nas palavras compostas, que continuam problemáticas. Eventualmente, pode haver vantagens políticas e comerciais, pensando na edição internacional de material didático, por exemplo. De qualquer modo, está se fazendo uma tempestade em torno de pouca coisa. Daqui a algum tempo ninguém mais se lembrará da reforma.

CPLP - Como você avalia a literatura brasileira contemporânea?
Tezza -
A literatura brasileira vem crescendo muito, depois de um certo interregno de silêncio, ou pelo menos pouca ressonância, que aconteceu ao longo dos anos 1980 e primeira metade da década seguinte. Nos últimos anos, a literatura brasileira começou a circular muito mais, a encontrar leitores, a ser valorizada por um conjunto de prêmios e concursos de grande repercussão e a receber uma boa atenção das editoras. Eu acho que a Internet vem desempenhando um papel excepcional nessa revalorização.

"Nunca pensei em escrever sobre minha experiência. É um tema completamente ausente de todos os meus livros anteriores. Simplesmente me passava pela cabeça. De uns quatro ou cinco anos para cá, a ideia surgiu e começou a me envolver." Cristovão Tezza

CPLP - Você acha que a literatura brasileira é devidamente reconhecida no exterior?
Tezza -
Não, isso não. Na verdade, é duro dizer, mas a literatura brasileira praticamente não existe no exterior. Só casos isolados, às vezes fenômenos mundiais como Paulo Coelho, mas esse corpus de textos que nos define literariamente não chegou a alcançar alguma universalidade. E a solidão da língua portuguesa também não nos ajuda muito.

CPLP - Como foi a experiência de se expor em um romance tão "autobiográfico" como O Filho Eterno?
Tezza -
Quando me decidi pela forma romanesca, foi escrever um romance como outro qualquer. Afinal, para quem não me conhece, o elemento ficcional é irrelevante; é uma informação extraliterária. Mas, num primeiro momento, pensei em escrever um depoimento ou mesmo um ensaio sobre a experiência de um pai com um filho especial. Felizmente não deu certo, e o romance tomou conta, o que me deu uma imensa liberdade.

CPLP - O que te levou à decisão de contar um drama pessoal num livro?
Tezza -
Basicamente, o fato de esse fato pessoal, a essa altura da minha vida, não ser mais drama nenhum. Isso me deu a distância e a frieza para enfrentar o tema sem me envolver propriamente com ele. A ficção tem esse poder. E eu não queria morrer sem de algum modo escrever sobre o fato mais impactante da minha vida.

CPLP - Você já pensava em abordar o tema antes e prorrogava por algum motivo?
Tezza -
Nunca pensei em escrever sobre minha experiência. É um tema completamente ausente de todos os meus livros anteriores. Simplesmente me passava pela cabeça. De uns quatro ou cinco anos para cá, a ideia surgiu e começou a me envolver.

"Somos definidos pela linguagem e, no universo das variedades que compõem esse mundo linguístico e político chamado 'língua portuguesa', a língua padrão, que a escrita representa, tem a função de nos colocar no mundo da História e da civilização. A escrita é a mais ampla porta que se pode abrir para o mundo." Cristovão Tezza

CPLP - Em que medida está a ficção no texto de O Filho Eterno (há nomes, personagens, locais fictícios)?
Tezza
- A ficção não está na correspondência ou não de nomes ou fatos com a chamada "realidade", mas no modo de se apropriar da linguagem, no impulso narrativo. Eu dei a um arcabouço de eixos reais - o nascimento de meu filho, a minha geração, a minha cidade, meus sonhos, um espaço geográfico concreto - uma percepção ficcional, isto é, um texto que avança sem o compromisso da objetividade factual (que é a base imprescindível da biografia), mas ao sabor de um narrador subjetivo que está a serviço de uma estrutura romanesca. Capítulos se sucedem pela lógica da ficção, os tempos se fundem em nome da unidade do romance, os fatos são cuidadosamente selecionados em função da moldura ficcional etc. No romance, a vida se concentra em duzentas páginas e ganha um sentido ficcional, uma lógica interna, que está completamente ausente da nossa vida real, que é um evento aberto, fragmentário e em grande parte caótico.

CPLP - Houve a intenção de provocar maior discussão do assunto, apoiar pessoas que passam por situação semelhante?
Tezza - Absolutamente nenhuma. O narrador de O Filho Eterno não tem nenhum conselho a dar a ninguém. Não é um livro de intenção edificante ou exemplar. É um romance, isto é, uma experiência alheia que se faz de criação e réplica, e em que "duplos" são postos à prova. O leitor entra no mundo romanesco sem uma intenção pragmática, ou a ficção se desfaz.

Fonte:
Revista Língua Portuguesa

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Em homenagem ao Dia do Soldado, Poesia!


Foto: Duque de Caxias.

25 de agosto. Dia do Soldado

BATALHÃO DA JUVENTUDE
Fahed Daher
®


Batalhão! Às minhas ordens!
Armas erguidas ao sol,
olhando o céu com coragem,
homens de fibra e de escol.

A Pátria nos chama pra luta,
somos de paz e de amor,
mas nesta fé nobre, augusta,
nossa guerra tem valor.

Nos livros também lutamos
e com eles manteremos
toda gloria que queremos
para esta Pátria que amamos.

A glória do combatente
é ter a alma vibrante,
o punho forte, valente
e o coração sempre amante.

Soldado é aquele que ama nossa terra,
os pés soldados neste chão bendito,
se for preciso, no grito de guerra
e na defesa deste céu bonito.

Somos irmãos pelas armas,
irmãos na pena e na enxada,
nos livros e nos motores,
nossa visão projetada
na maravilha das cores
desta bandeira hasteada
com todos nossos ardores.

A nossa ordem do dia
é o grito de rebeldia
contra todo adversário:
descaso, inércia, cegueira,
que desprezam o progresso
e o valor desta bandeira
que é o abrigo deste povo,
irmãos, de qualquer maneira..

Batalhão organizado,
democracia guerreira,
alevantando a bandeira
aguerrida, Brasileira,
Sentido!
No meu comando!.
Nossa tropa desafia
o inimigo onde atacar.
Assina a ordem do dia,
“A juventude escolar..“

Fahed Daher. Médico- Apucarana PR
Academia de Letras Artes e ciências Centro Norte do Paraná
Governador 1995/1996 do Distrito 4710 Rotary
Sociedade Brasileira de Médicos Escritores.
AVSPE- Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores

Programa Nossa História: Criação da Província do Paraná

O programa "Nossa História" apresenta neste sábado - 29.08.09, 18h00min (e reapresenta no domingo às 13h30min), pela Paraná Educativa AM 630, homenagem à Criação da Província do Paraná. – Aniversário do Paraná.

Na programação em homenagem ao Estado do Paraná, entrevistas sobre o regaste da verdadeira história paranaense, - cujos pronunciamentos serão realizados pelos Ilustríssimos Drs. Ivo Arzua Pereira e Des. Luis Renato Pedroso, além de declamação de poesia e músicas sobre o Paraná.

"Nossa História", "o comportamento e a história do nosso povo”, produzido e apresentado por Zélia Sell e Guilherme Nascimento também poderá ser ouvido pela internet no endereço: http://www.rtve.pr.gov.pr/.

Zélia Sell

Eventos Lapa - Dia 29 de Agosto.

Convidamos a todos para Homenagem ao Sr. Osiris S. Guimarães.
Realizacao: INSTITUTO HISTORICO E CULTURAL DA LAPA
Apoio: PREFEITURA MUNICIPAL DA LAPA, por meio da Secretaria Municipal de Cultura da Lapa
Programação: Homenagem ao Sr. Osiris S. Guimaraes, com participacao da Banda Municipal da Lapa Joao Francisco Mariano e tambem do pianista Julio Gomes e da poetisa e presidente da Academia Paranaense de Poesia - Roza de Oliveira.

Data: 29 de agosto de 2009 - sabado
Horario: 11 hs
Local: Theatro Sao Joao.

Contamos com o prestigio de todos.
Atenciosamente
Valeria Borges da Silveira
Secretaria Municipal de Cultura da Lapa
Coordenadora Cultural do Instituto Historico e Cultural da Lapa
Presidente da Associacao Literaria Lapeana

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Ainda 29 de agosto de 2009
A Prefeitura Municipal da Lapa, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Diretoria do Theatro Sao Joao estara promovendo "NOITE ARABE" - maiores informacoes no Theatro Sao Joao - 41-39111000.
Apoio: INSTITUTO HISTORICO E CULTURAL DA LAPA e ASSOCIACAO LITERARIA LAPEANA

Lançamento durante a Bienal de Curitiba: Jornal Memai e Antologia Blablablablogue

O Centro de Cultura Oriental Tomodachi lança, no próximo sábado, dia 29, às 19 horas, na I Bienal do Livro de Curitiba , na ExpoUnimed, uma aventura literária - o primeiro jornal de letras e artes japonesas – Memai.O jornal tem distribuição gratuita e periodicidade trimestral. O jornal nasceu de conversas entre as jornalistas Marilia Kubota e Myllena Silva com Lina Saheki, diretora do Tomodachi. Memai significa vertigem e remete a um mergulho sem volta na cultura japonesa – uma experiência pela qual já passaram muitos artistas, de Van Gogh a Ezra Pound e Paulo Lemisnki. Neste primeiro número, Memai traz uma entrevista com o escritor Wilson Bueno, mais conhecido como ficcionista, mas que tem em sua extensa bibliografia dois livros de tanka: O tanka é uma forma poética japonesa clássica, cujo uso foi anterior à difusão do haicai. Também traz um perfil de artista visual Claudio Seto, falecido em novembro do ano passado. Figurinha conhecida nas rodas de artistas e intelectuais da cidade, teve seu trabalho reconhecido nacionalmente como introdutor do mangá - a história em quadrinhos japonesa – no Brasil. Nesta edição, ainda, um depoimento de Rodrigo Apolloni sobre suas experiências místicas e pop com a flauta de bambu japonesa – shakuhachi.; Lina Saheki inaugura uma coluna explicando o significado da expressão budista “Isshin Denshin”, tão cara aos japoneses. E Millena Silva fala sobre um dos estúdios mais famosos do Japão, o Ghibli, de Hayao Myazaki, criador de animações que ganharam o mundo, como “O Castelo de Chihiro” e “O Castelo Animado”.


Junto com o jornal, a escritora Marília Kubota lança antologia Blablablogue – Crônicas e Confissões, organizada pelo escritor Nelson de Oliveira para a Terracota Editora. O livro reúne textos de 21 blogueiros de todo o país. A seleção privilegiou blogues de escritores e poetas, entre eles os prestigiados Fabrício Carpinejar (cujo blogue é um dos maiores “hits” da internet) Marcelino Freire, Ademir Assunção, Ivana Arruda Leite e o poeta Claudio Daniel e escritores em ascensão, como Andréa Del Fuego, Marília Kubota e Gabriela Kimura. A antologia foi lançada em São Paulo, em maio, num evento concorrido na Livraria Martins Fontes.

Lançamentos I Bienal do Livro de Curitiba29/08 às 19 horas
Memai – Jornal de Letras e Artes Japonesas e Blablablogue – Crônicas e Confissões
Espaço de lançamentos na ExpoUnimed
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300
Campo Comprido - Curitiba - PR - CEP 81280-330
Tel.: (41) 3340-4300 Fax: (41) 3340-4343

José Feldman é empossado na Academia de Letras do Brasil em 12 de Agosto de 2009, em Piracicaba.

No Dia 12 de Agosto de 2009, na Cidade de Piracicaba ocorreu a Solenidade Oficial Pública, de Diplomação e Posse de Membros da Academia de Letras do Brasil - ALB. Entre os diplomados pela Presidência da Academia de Letras Do Brasil, Dr. Mário Carabajal, Ph. I. pela ALB/Piracicaba, ocupando Cadeira Vitalícia 01/ALB/Paraná - José Feldman. Patrono: Paulo Leminski. O presidente da ALB, Dr. Mário Carabajal deu posse vitalícia aos escritores togados e diplomados da ALB, aos 12 dias do mês de agosto, na Cidade de Piracicaba, em São Paulo, atribuindo-se-lhes, às prerrogativas de Imortalidade Acadêmica, da Ordem de Platão, as suas Cadeiras, Nomes, Obras e Patronos. Ainda Foi entregue o Diploma "Doutor Honóris Causas - Ph.I. - Filósofo Imortal" aos Escritores

José Feldman – ALB/ Paraná
Everaldo Cerqueira – ALB/ Bahia
Nelson Maia Schocair – ALB/ Rio de Janeiro
João Gilberto Pompermayer Pereira, Presidente Executivo da ALB/Piracicaba/SP;
Doutor Samuel Antonio Merbach de Oliveira, Membro da Academia de Letras do Brasil e da Academia Mundial de Direito Internacional.


Discurso de Posse da Cadeira Vitalícia nr. 1 da Academia de Letras do Brasil/ Paraná

Exmo. Sr. Presidente da Academia de Letras do Brasil
Acadêmicos e Acadêmicas
Autoridades presentes
Caros senhores e senhoras

Foi uma longa caminhada que me trouxe à Academia de Letras do Brasil, e não estou falando apenas dos mil quilômetros que separam a cidade de Ubiratã, onde moro, de Piracicaba. Falo também do caminho que percorrem todos os escritores, o de descoberta e de aperfeiçoamento que, às vezes, leva a honrarias como a de pertencer a esta Casa. E, quando isto acontece, vive-se um momento de imprevisível emoção, um momento em que se percebe uma imensa paisagem literária, da qual, mesmo na condição de detalhe, somos integrantes. Então vemos que aqui somos rodeados por inúmeros escritores, alguns lendários em nossa vida e em nossa formação. Ao tomar posse de uma Cadeira nesta Casa, quero afirmar ser apenas um sonhador e divulgador de homens e mulheres que compõem o panteão da literatura. Minha cultura literária, modesta devo confessar, foi adquirida através da leitura de livros de ficção, de poesia, de teoria literária e teatro. Com orgulho ocupo esta Cadeira, mesmo reconhecendo a existência de outros que poderiam ser tão ou mais dignos do que eu. Contudo, espero, com meus escassos recursos, poder contribuir para uma vida sempre atuante desta entidade venerável, presença permanente na vida cultural de nosso Brasil. Ao aceitar honrarias como a ocupação de uma Cadeira em uma Academia de tal porte, necessita-se ter consciência desta responsabilidade que se assume, que está sendo adicionada àquela que já faz parte dos afazeres. Segundo Nietzsche, quando assumimos tal encargo, precisamos construir nossos monumentos onde nos alicerces profundos nós ficamos. Deve-se trilhar todas as estradas que existem no mundo, deixando um rastro de conhecimentos e um pouco de si em outras vidas. Brasileiros valentes tiveram feitos notáveis, cada qual a seu modo, com dignidade e competência, mesmo em meio à injustiça social, à insegurança e à descrença. E ser escritor num país com dificuldades econômicas, culturais e sociais não é uma tarefa fácil para estes heróis nacionais, que muitas vezes não são reconhecidos. Mas não devemos ser descrentes, pois sem esperança não há vida. Ernest Hemingway em seu livro O Velho e o Mar, coloca que “o homem pode ser destruído, mas nunca derrotado”. Mas contribuímos pelo poder das palavras para o conhecimento de nós mesmos e para a descoberta de nossa identidade. Um país que não possui livros, nem músicas, nem danças, nem artes, nem manifestações culturais, não é um país, é apenas um núcleo de pessoas insatisfeitas. Como já dizia Monteiro Lobato: “Uma nação se faz com homens e livros”. Aprendemos sempre e descobrimos sempre. Uma das coisas que aprendemos é homenagear os nomes que fizeram a literatura brasileira. Para mim, está claro que aqui estou representando a literatura paranaense. Sou apenas um dos numerosos nomes que incorporam a ampla relação daqueles que fazem do Estado do Paraná o cenário e a motivação para sua literatura por outro lado, procuro fazer com que esta intensa mobilização reflita a importância da Academia de Letras do Brasil no cenário cultural brasileiro. Fernando Pessoa dizia “Para ser grande, sê inteiro; nada teu exagera ou exclui; sê todo em cada coisa; põe quanto és no mínimo que fazes; assim, em cada lago, a lua toda brilha porque alta vive.” Deste modo, assumo pois o compromisso de perpetuar o estandarte da literatura, participando do desenvolvimento e do engrandecimento do Brasil, pois tanto quanto dependemos dele, ele depende de nós. Nunca esquecendo e conservando aceso o lume daqueles que nos precederam na literatura ou nas demais artes, e deram suas vidas por este imenso país que é o Brasil.
Terminando, agradeço pela honra em pertencer a esta Casa e peço vossa permissão para algumas homenagens pessoais. Para meu pai, Moisés Feldman, que não vive entre nós para ver este momento, mas que mesmo com pouca educação formal, me legou seu amor aos livros e ao estudo através de sua formação moral e intelectual sem a qual eu não estaria hoje aqui. Para minha mãe, Mina, que felizmente vive, com orgulho para ver este momento na existência do filho que fizeram e criaram juntos. Se ele estivesse entre nós, não haveriam pais mais orgulhosos. Para minha mulher e companheira, a escritora Alba Krishna, sem cujo amor, dedicação, paciência e mesmo abnegação eu não seria capaz de viver. Para os meus professores em geral, que souberam, em meu tempo, transformar as instituições de ensino em verdadeiros centros de conhecimentos. E, deixo para o fim, por ser a mais importante, a homenagem ao povo de minhas duas terras. Morando no Paraná, estado que me acolheu em seu seio com ternura, estendendo seus braços para mim, não posso deixar de ser meio paranaense; tendo nascido em São Paulo, sou paulista. Agradeço, abraço e peço a bênção dos povos de São Paulo e do Paraná.

Discurso de Defesa do Patrono da Cadeira n.1: Paulo Leminski
Ao ocupar esta Cadeira, determinei defender como patrono, o poeta curitibano Paulo Leminski. Fornecerei uma pincelada fugaz sobre sua biografia para, subsequentemente explanar a que se deve a sua importância nesta ocasião. Paulo Leminski nasceu em 1944, em Curitiba e faleceu em 1989. Era filho de pai polonês com mãe de ascendência africana. Desde a juventude sempre preferiu poemas breves, muitas vezes haicais. Foi professor e como escritor publicou livros de poesia, de prosa, biografias, ensaios, traduções de James Joyce, Samuel Becket, etc., literatura infanto-juvenil, produções musicais, fez gravações em parceria com músicos como Caetano Veloso e Itamar Assunção. Sua poesia é consequência de um período que predominava a censura, mas ele não se vinculou a nenhuma corrente, apesar de conservar relações com elas. Sua poesia, como expõe Roland Barthes, pode ser considerada como resultado de experiências vividas que se traduzem em lirismo através da linguagem metafórica, do uso de recursos como ritmo, sonoridade, repetição de palavras, situações, descrições, seqüências. Leminski, como Borges, recriou muitas fábulas. Reescreveu o mundo que poderia ter sido e não foi. Reinventou o texto para contextualizar, contestar, protestar. A poesia de Leminski não se evidencia unicamente pelo cunho empírico da escrita, mas também pelo dever do poeta de transmitir suas experiências cotidianas, escrever e reescrever a vida. Reescreveu as lendas e memórias dos emigrantes poloneses do sul do Brasil. Incorporou o sofrimento da voz no canto dos negros da África. Ousou e experimentou muito na escrita, trabalhando artesanalmente com as palavras tocando-as nas texturas e harmonias, exequiveis e inexequiveis. Leminski era um mago das palavras, construindo-as, desconstruindo-as, criando uma linguagem poética composta de características que permitem que novos elementos possam ser adicionados, tornando a poesia um horizonte infindável de composições. Ele manipulava de tal modo que as palavras se desdobrassem de forma que lhe davam novos significados, criando uma teia que se prendia dentro de outra teia, e assim por diante, num processo ininterrupto de criação. Sua obra influenciou grande parte dos movimentos poéticos dos últimos 20 anos. Leminski manifestava o questionamento às mistificações através do bom humor. O bom humor contra o preconceito e a injustiça, foi o instrumento com que desarmava os espíritos. Por esse motivo, considero Leminski uma escolha justa e seu patronato uma homenagem válida para a participação nesta egrégia instituição.
E, assim, encerro com sua poesia:

O Assassino era o Escriba

Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito
inexistente.
Um pleonasmo, o principal predicado da sua vida, regular
com um paradigma da 1ª conjugação.
Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial,
ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético
de nos torturar com um aposto.
Casou com uma regência.
Foi infeliz.
Era possessivo como um pronome.
E ela era bitransitiva.
Tentou ir para os EUA.
Não deu.
Acharam um artigo indefinido em sua bagagem.
A interjeição do bigode declinava partículas expletivas,
conetivos e agentes da passiva, o tempo todo.
Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.

sábado, 22 de agosto de 2009

1ª BIENAL DO LIVRO DE CURITIBA: Programação

Data:
27 de agosto a 04 de setembro de 2009


Local: Expo Unimed Curitiba
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300
Campo Comprido - Curitiba - PR - CEP 81280-330. Tel.: (41) 3317-3000 Fax: (41) 3317-3030.O Expo Unimed Curitiba está a 15 minutos do Centro de Curitiba e a 25 minutos do Aeroporto Internacional Afonso Pena, pelo contorno Sul.

Horário
Diariamente das 09h00min as 21h30min

Ingressos:
Público geral R$ 2,00
Estudantes R$ 1,00 (mediante comprovação)
Educadores não pagam entrada mediante comprovação.
Menores de 12 anos e pessoas acima de 65 anos e deficientes físicos não pagam ingresso

PROGRAMAÇÃO:

MESA REDONDA.
Local: Auditório Principal

Horário: das 19h30 às 21h30

28/08 “SALVAR O PLANETA: RESPONSABILIDADES E ESTRATÉGIAS”
Senadora Marina Silva Teólogo Leonardo Boff Jorge Samek Moderador: Alcione Araújo

29/08 “0 ROMANCE MORREU, VIVA O ROMANCE”
Carlos Heitor Cony (RJ) Moacyr Scliar (RS) Moderador: Marcio Renato dos Santos

30/08 “VERSO, REVERSO, TRANSVERSO: AINDA SE OUVE O ECOPOÉTICO QUE HOUVE?”
Antonio Cícero (RJ) Antonio Carlos Secchin (RJ) Ivan Junqueira (RJ) Moderador: José Castelo

31/08 “LITERATURA EM PERIGO? OBRAS OU CRÍTICOS? OU: TODOROV UMA OVA”
Regina Zilberman (RS) Wander Melo Miranda (MG) Miguel Sanches Neto (PR) Moderador: Marta Morais da Costa

01/09 “BIOGRAFIAS: VIDA PRIVADA PÚBLICA, BISBILHOTICE, MARKETING, EXEMPLO, HISTÓRIA?”
Fernando Morais (SP) Arnaldo Bloch (RJ) Ruy Castro (RJ) Moderador: Irineu Netto

02/09 “NOVO MILÊNIO, NOVOS LEITORES INOVA LITERATURA?”
Domingos Pellegrini (PR) Clarah Averbuck (SP) Carlos Herculano Lopes (MG) Moderador: Irineu Netto

03/09 “FRONTEIRAS IMAGINÁRIAS: O REAL E A INVENÇÃO DO ROMANCE”
Cristovão Tezza (PR) Raimundo Carrero (PE) João Gilberto Noll (RS)
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LITERATURA E ENSINO

27/08 e 28/08 – MINICURSOS MANHÃ E TARDE

Leituras apaixonadas: literatura e pensamento social (Literatura e Sociologia)
Profª. Dr. Célia Tolentino – UNESP

História, literatura e ensino: narrativas plurais (Literatura e História)
Prof. Me. Clóvis Gruner – UTP
Prof. Me. Fábio Luciano Iachtechen – SEED

O Dragão Fora da Caverna: paralelos entre Literatura e Ciências (Literatura e Ciências)
Profª. Me. Luana Von Linsingen

Erotismo na Literatura (Língua Portuguesa)
Prof. Dr. Cleverson Carneiro - UFPR

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31/08 e 01/09 - MINICURSOS MANHÃ E TARDE


Literatura no ensino de Física (Literatura e Física)
Prof. Dr. Henrique César da Silva – UNICAMP

Proposições literárias e culturais para o ensino de ciências e biologia (Literatura e Biologia)
Profª. Dr. Fabiana Aparecida Carvalho - UNIVERSIDADE POSITIVO

Interações pedagógicas entre Química e Literatura: possibilidades e desafios (Literatura e Química)
Prof. Me. Marcelo Silveira – UEM

Erotismo na Literatura (Língua Portuguesa)
Prof. Dr. Cleverson Carneiro - UFPR

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02/09 e 03/09 - MINICURSOS MANHÃ E TARDE

A Poética das Danças Circulares (Literatura e Educação Física)
Profª. Me. Carmela Bardini
Profª. Bruna Bardini

Pedagogia do Teatro: um encontro com a literatura (Literatura e Arte)
Prof. Me. Robson Rosseto - Faculdade Padre João Bagozzi
Profª. Márcia Aparecida de Almeida

Filosofia e Literatura: relações possíveis e estratégias de leitura (Literatura e Filosofia/Ensino Religioso)
Prof. Dr. Rodrigo Brandão - UFPR

Letramento Literário: Oficina de Leitura de Poemas (Língua Portuguesa)
Profª. Dr. Alice Áurea Penteado Martha - UEM

Identidades textuais: O que eu faço com esse texto? (Língua Portuguesa)
Prof. Luiz Carlos Felipe - Faculdade Padre João Bagozzi
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PALESTRAS

Local: Teatro Positivo - Pequeno Auditório - Prédio da Pós Graduação

29/08 - Sábado
20h - Palestra Superação com Maestro João Carlos Martins

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Local: Espaço Jovem

31/08 - Segunda-Feira
16h às 18h - Palestra com construção de conceitos em conjunto com o públicoTema: Mudanças Climáticas: por que trabalhar o tema em sala de aula para contribuir para um mundo mais belo?

Conceitos a serem trabalhados: relação entre educação ambiental e cidadania. Conceitos de mudanças climáticas. Apresentação do Kit O Boticário de Educação Ambiental / possibilidades de atividades nas escolas. Vagas para inscrição: no máximo 150

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Local: Espaço Infantil

27/08 - Quinta - Feira
09:00 - 09:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
10:30 - 11:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
14:30 - 15:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
16:00 - 16:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias

28/08 - Sexta - Feira
09:00 - 09:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
10:30 - 11:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
14:30 - 15:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
16:00 - 16:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias

29/08 - Sábado
10:30 - 11:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
14:30 - 15:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
16:00 - 16:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias

30/08 - Domingo
10:30 - 11:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
14:30 - 15:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
16:00 - 16:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias

19:00 - "O Homem precisa tanto de histórias quanto de pão para mudar o mundo."

Palestrantes de ambas (dividirão a palestra):
Martha Teixeira da Cunha, Psicoterapeuta e fundadora da Casa do Contador de Histórias
Maísa Guapyassú, Contadora de histórias e Presidente da Casa do Contador de Histórias.


31/08 - Segunda - Feira
09:00 - 09:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
10:30 - 11:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
14:30 - 15:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
16:00 - 16:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias

01/09 - Terça - Feira
09:00 - 09:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
10:30 - 11:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
14:30 - 15:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
16:00 - 16:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias

02/09 - Quarta - Feira
09:00 - 09:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
10:30 - 11:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
14:30 - 15:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
16:00 - 16:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias

03/09 - Quinta - Feira
09:00 - 09:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
10:30 - 11:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
14:30 - 15:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
16:00 - 16:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias

19:00 - "O herói que vive dentro de todos nós através das histórias."

Palestrantes de ambas (dividirão a palestra):
Martha Teixeira da Cunha, Psicoterapeuta e fundadora da Casa do Contador de Histórias
Maísa Guapyassú, Contadora de histórias e Presidente da Casa do Contador de Histórias.

04/09 - Sexta - Feira
09:00 - 09:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
10:30 - 11:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
14:30 - 15:00 - Contação história - Casa do Contador de Histórias
16:00 - 16:30 - Contação história - Casa do Contador de Histórias

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Local: Helena Kolody

31/08 - Segunda-Feira
19h - A Literatura da construção da cidadania com Julio Emilio Braz

01/09 - Terça-Feira
19h - Palestra Novos Autores X Mercado Editorial com Alex Giostri
Bate Papo

03/09 - Quinta-Feira
10h - Bate papo com CAMILA IUSPA sobre a obra VENENO METÁLICO - Ficção e Realidade - aonde começa a verdade?

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OFICINAS OFERECIDAS

Poesia
29/30/31 de agosto das 16h às 18h
. - Antonio Carlos Secchin

Conto
02/03/04 de setembro das 9h às 11h - Antonio Torres

Crônica
02/03/04 de setembro das 16h às 18h. -Antonio Torres

Romance
02/03/04 de setembro das 11h às 13h. - Raimundo Carrero

Vagas limitadas e INSCRIÇÕES ANTECIPADAS E REGULAMENTO PRÓPRIO, maiores informações e inscrições com a Cristiane.
e-mail: cristiane.scheffer@agenciaesfera.com.br
telefone: (41) 3340-4349

Saiba mais no site da Bienal: http://www.bienaldolivrocuritiba.com.br/

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ciclo de Literatura

Segunda, Dia 31, de agosto às 19h30m
Livrarias Curitiba - Shopping Estação

Júlio Cortázar

Para comemorar o nascimento do poeta argentino Júlio Cortázar (26/08), o Ciclo de Literatura, deste mês traz a professoa de literatura Susan Blum para ministrar uma palestra sobre a vida e a obra do escritor. No evento, ela também falará a respeito do livro " Papeles inesperados", nova obra de Cortázar onde os leitores encontram textos nunca antes publicados.


SUSAN BLUM PESSÔA DE MOURA é formada em Psicologia (PUC-Pr) e em Letras (UFPR). Aprofundou-se nos estudos literários com um mestrado sobre o espaço e o autor Julio Cortázar. Atualmente faz doutorado na Universidade de São Paulo (USP) em teoria literária e literatura comparada. Traduziu alguns poemas de Apollinaire (podem ser vistos no site www.humanas.ufpr.br/departamentos/delem/nuttraducao) e um conto de Borges (jornal do CAL). Também produziu alguns poemas publicados no jornal do CAL da UFPR. Participou de duas entrevistas recentes: no Caderno G da Gazeta do Povo em 5 de setembro de 2004 e da revista Ciência e Cultura out/dez 2004 que pode ser lida no site http://cienciaecultura.bvs.br; ambas sobre Cortázar. Possui outras publicações além de apresentações em congressos. É pesquisadora no Grupo de Estudos sobre o espaço (UFPR) desde seu início, em 2000. Ministra palestras e oficinas de literatura em vários locais como a Casa de Artes Helena Kolody e a Fundação Sidónio Muralha. Tem um artigo e um conto na revista virtual cronópios: www.cronopios.com.br

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Em destaque: Gabriel Kalinovski Filho

Gabriel Kalinovski Filho nasceu em Mafra, no dia 16 de março de 1935, migrou para Curitiba junto de sua família aos 5 anos de idade, filho de Ana Kalinowski e Gabriel Kalinowski. Cantor lírico, poeta, escritor, palestrante e professor. Autor de diversos livros, entre os quais: "De Pinhão a Pinheiro" publicado em 1988, o segundo "Lino e Zumbita" no ano de 1992, que foi adotado por diversos colégios e hoje está a disposição dos leitores nos Faróis do Saber. Em 2002, o terceiro livro, "Cascalhos e Pepitas". Em 2005, lançou "Contos e Crônicas Breves". Em agosto 2006 lançou "Amor com humor se paga”, no mesmo ano recebeu a Medalha de Mérito Fernando Amaro pelo destaque alcançado na área Literária e Cultural de Curitiba. Sua poesia transita entre o lírico e o humor fino e refinado

Um pouco da Poesia de Gabriel:

O vento ondulou ou trigal,
acariciou as espigas e distanciou-se murmurando triste:
- O pão não dará para todos...

*
Esperei tantos anos...
Não via a hora de você vir.
Agora você veio
Mas é hora de eu partir.

*
Se eu fosse um João-de-Barro
emparedava você
no coração.

*
Desde o tempo de escola
amei Maria.
Ela nunca soube. Eu nunca lhe disse.
Hoje, soube que ela sabia.
Mas onde andará Maria?

*
Encontrei o velho palhacinho
No baú da minha infância.
Após tantos anos
ele ainda sorri.
Talvez do eu hoje velho,
ontem guri.

INFORME UBT Estadual - Paraná

Informe I.-

A diretoria da União Brasileira de Trovadores sente-se imensamente feliz, ao constatar no meio dos premiados dos XXIX Jogos Florais de Niterói o nome dos trovadores Nei Garcez e Antonio Agusto de Assis, únicos vencedores paranaenses no referido concurso, entre centenas e centenas de trovas.
Que esses nossos vates recebam sempre muita luz e muita paz de Deus no prosseguir da caminhada!

Atenciosamente
Vânia Maria Souza Ennes
Presidente da UBT Estadual do Paraná


Informe II. -

os melhores cumprimentos da diretoria da UBT Estadual do Paraná para Wandira Fagundes Queiroz- Curitiba/PR. Única trovadora de todo o Estado do Paraná vencedora nos I Juegos Florales Del Caribe – 2009-Tema: Amizade(s).Com a trova:

O lar que planta a amizade
não se expõe aos temporais,
dos tais conflitos de idade,
que afastam filhos de pais.
Wandira Fagundes Queiroz-PR


Saudações Trovadorescas!
Vânia Maria Souza Ennes

domingo, 16 de agosto de 2009

Homenagem à Marita França


ACADEMIA PARANAENSE DA POESIA
CONVITE

18 /08/09 – Terça - feira - TARDE DE MUSICA E POESIA MARITA FRANÇA .

Homenagem para a grande mulher, poetisa, trovadora, advogada, pianista, Dra. MARITA FRANÇA, falecida no último dia 27 de julho. Titular da Nossa Academia ocupava a Cadeira nº 03, tendo como Patrono Heitor Stockler de França.


I. 16:00 horas: Chá de confraternização, no piso superior do Centro de Letras do Paraná cito à Rua Fernando Moreira, nº 370 oferecido pelos familiares da homenageada.

II. 16:30min. : - Homenagem aos Pais com música e poesia, no auditório.
Temas de agosto e temas livres. Poemas sintéticos – Inscrições antecipadas.

*INTERVALO

III. 17:10 horas: Homenagem póstuma à Marita França
Abertura: Filme sobre a vida de Marita França.

Composição da mesa, músicas, trovas e poemas
Atenção: Uso das pelerines pelos Acadêmicos das diversas instituições!

Roza de Oliveira
Presidente



Marita França (Maria Aparecida Taborda França). Nasceu em Curitiba a 01 de julho de 1915. Filha de Heitor Stockler de França e Brasília Taborda Ribas de França. Faleceu a 27 de julho de 2009.

Advogada, musicista, poeta, pertenceu a inúmeras agremiações culturais, dentre estas: Academia Feminina de Letras do Paraná, Academia Paranaense da Poesia, Academia de Letras José de Alencar, Centro Paranaense Feminino de Cultura, Centro de Letras do Paraná, Associação dos Jornalistas e escritores do Brasil, UBT - Curitiba, Soroptimist International Curitiba, etc. Em 1978 foi escolhida pela Socipar como a Advogada do Ano. Como Poeta e musicista, recebeu diversas premiações. Compôs: Nossa Senhora da Luz de Curitiba, Virgem de Fátima, Viva Santo Antonio, Olhos verdes, Vem amor, Nas asas da Ilusão, etc. Foi colaboradora assídua das revistas da Academia Feminina de Letras do Paraná e do Centro Paranaense Feminino de Cultura.

Sobre Marita escreveu Clotilde de Lourdes Branco Germiniani:
“Filha de famílias paranaenses tradicionais, Marita França, recentemente falecida, tinha um nome que parecia o de uma princesa. Ao longo da vida, demonstrou a sensibilidade, a inteligência e o savoir faire de uma senhora da melhor estirpe. Marita França foi advogada competente, quando as mulheres ainda se restringiam a atividades de menor visibilidade. Era miúda, com aspecto frágil e traços bonitos realçados por um sorriso constante e uma fisionomia serena. Acrescentava aos conhecimentos profissionais o fato de ser musicista e poeta. Todos se encantavam com sua cordialidade e com o carinho dispensado à família e aos amigos. Um traço marcante foi o desenvolvimento de uma atividade profissional pioneira sem assumir ares de “dona do mundo”: Marita não se anunciava como grande sumidade surgia discretamente e todos percebiam seu elevado nível intelectual, seu profissionalismo e suas qualidades morais. Sua trajetória poderia ser resumida como uma vida longa, de muito trabalho, muitas alegrias e muito amor: só nos deixa boas lembranças e saudades".

Um pouco da Poesia de Marita França.

Saudades do Chimarrão

No passar do Chimarrão,
muitos cantam os seus fados;
no prazer, a sedução,
bons tempos sempre lembrados.

Os meus avós ervateiros,
tinham amor pela terra
e do mate eram obreiros,
pela riqueza que encerra.

Bomba, cuia e chimarrão,
deles eu tenho saudades;
outrora linda paixão,
rendilhada de amizades!...



Junquilhos do meu jardim.


Manhã ensolarada,
De agosto,
Quando abro o portal da rua
Do meu lar,
Bela surpresa...

Eram os junquilhos floridos
Com seu perfume embriagador,
Que me saudavam!

Parecia um tapete,
Bordado de ouro,
Sobre o gramado verde,
Oh! Maravilha...

Muitas pessoas param
Querem sentir você...
Junquilho inebriante
Que, ao rés do chão,
Quase beijando
A terra,
Tem floração efêmera,
Como um raio de sol.

Tão cheio de amor...
Cujo aroma suave
Alimento a alma,

Suaviza o espírito,
Daqueles que tem
A sensibilidade de amar.

*

Algumas Trovas:

A Deus levantando os braços,
com elegância e vigor;
pinheiros, sem embaraços,
são beijos de Paz e Amor!

*

A poesia, inspiração
Fulge na alegria e na dor...
são toques do coração
que nos empolgam no amor.

*


Que maravilha os Pinheiros
de Santa Felicidade;
tem passarinhos fagueiros
que encantam nossa cidade!


*


Meu querido piano amigo,
com acordes de veludo...
Quando me sinto contigo,
sempre me esqueço de tudo!


*


Com seu manto, enobrecida,
cobre o povo varonil
a Virgem Aparecida:
Padroeira do Brasil!

*

“Menino Deus, que ventura,
quero pertinho de mim...
Com sua bênção, doçura,
no meu cantinho sem fim!”
Marita França

Fonte:
- Sesquicentenário da Poesia Paranaense, Antologia. Santos, Pompília Lopes dos. 1985, pág.221-222.
- Portal RPC
Colaboração: Roza de Oliveira

Em destaque: Sérgio Pichorim

Sérgio Francisco Pichorim (23/4/1965) é natural de São José dos Pinhais, Paraná. Engenheiro Eletricista, mestre e doutor em ciências (MSc e DSc). Casado e pai de duas filhas, é professor da UTFPR (departamento de eletrônica). Chegou ao universo do haicai seguindo as trilhas abertas pelo teólogo Leonardo Boff (de quem ouviu falar pela 1ª vez de Matsuo Basho) e por Rabindranath Tagore e pela poetisa paranaense Helena Kolody (com quem conheceu o haicai). Na passagem de 1999 para 2000 conheceu a revista eletrônica Caqui de haicais (www.kakinet.com) e começou a participar da lista de discussão de haicai em português (haikai-l do yahoogrupos.com.br). Participou do 14º Encontro Brasileiro de Haicai, realizado em Campinas no ano de 2002, onde foi contemplado com o 1º lugar no Grande Desafio (concurso de haicai). Participou do 15º Encontro Brasileiro de Haicai, realizado em Campinas no ano de 2003, onde foi contemplado com o 1º lugar no Grande Desafio (concurso de haicai). Participa do Grêmio Manacá de Haicais desde sua fundação, em 2005 pelo poeta José Marins. Nos anos de 2004 a 2006 participou como jurado nos Encontros Brasileiros de Haicais em São Paulo, sendo que neste último ano também apresentou a palestra “O haicai e os nossos (seis) sentidos.” Este mesmo tema foi também apresentado em uma Oficina de Haicai da Biblioteca Pública do Paraná, em 2005 e no 1º Encontro Regional de Haicai na cidade de IRATI no Paraná no ano de 2007. Publicou em 2004, em conjunto como poeta José Marins, o livro de rengas intitulado “Pinha Pinhão - Pinhão Pinheiro”, e em 2006 o livro de haicais intitulado “Che Paraná Porã”, ambos pela editora Araucária Cultural. É autor também de “Bem Te Vi – haicais de um vivente”.Em 2005 participou da antologia literária ARTEZ vol. VI. Em 2007 participou da antologia de haicais Letras Mínimas organizada pela editora Guemanisse. Está participando da antologia de haicais organizada pelo Museu da UFRGS, Porto Alegre (no prelo). Já publicou vários haicais no Jornal Nippo-Brasil, na Seleções em Folha, ambos de São Paulo. (Sérgio F Pichorim - Março de 2008).

Alguns Haicais do autor:

Flores no jardim.
Uma abelha pousa aqui
e depois se vai.
1 lugar no XIV Enc. Bras. de Haicai, 2002

*

No colo da mãe,
Sem soltar o cata-vento,
Dorme a menina.
1 lugar no XV Enc. Bras. de Haicai, 2003

*

Casinha na serra.
Por aqui, quase sempre
chove à tarde.

*

já se ouve o canto
da pequena corruíra.
manhã de agosto
*

um céu todo azul.
as folhas da extremosa
são todas vermelhas.

*

nada de passeios.
o turismo ameaçado
pela influenza.

*