segunda-feira, 2 de novembro de 2009

INFINITO... O RUMO DE UM POETA

Conheça a Poesia de Nicolau Abicalaf Neto

Mensagem de Vasco José Taborda Ribas (orelha do livro)

A DANÇA DOS TANGARÁS

Quando penso nos escritores novos, lembro-me do nosso tempo, quando no antigo ginásio escrevíamos para O Fanal, o nosso jornalzinho. Lá os pássaros cantores e bailarinos, começaram um profissionalismo incipiente e uma carreira literária que mal sabíamos se prolongaria tanto como está acontecendo. Hoje, não somos nós os tangarás das letras, são os jovens ansiosos, por espaços em jornais e revistas, onde darão sinal de sua vibração e desejo de dizer que existem, que lutam, que amam, que dizem palavrões, e são vestibas, e logo se formam (a minoria, pena!) e caem nesse mundão perigoso e cheio de ciladas e horas sem encanto. Mas ser moço é um prêmio de loteria esportiva. Escrever bem e cada vez melhor, um prêmio na corrida cultural. A redação está pondo em brio essa mocidade pujante – meninas e rapazes brinificados nos indumentos – a fumarem até maconha, a discutirem política, economia, planejamentos, petróleo, energia atômica e solar, enfim um “balaio de bugre” de utilidades quase sempre inúteis. Um tangará, lírico e apaixonado brilha neste livro. Nem sempre pode dançar certo, há problemas de experiência, mas dança e com ardor. Ama as belas letras (os marginais, delas, desamam-nas) estuda, se esforça por filosofar sobre a vida e sobre as vicissitudes do amor, como se fosse um cavaleiro templário a lutar pelo Reio, por Deus e pela sua Dama. A estrada é longa e os galhos das árvores são altos. Nem sempre os pássaros os alcançam na primeira investida. Chegam a eles ao seu tempo. Nicolau Abicalaf Neto é um deles, a quem damos um viva, ô ! pela coragem de se vir enredar nas letras difíceis e sonoras com o seu canto de sereia. Nicolau, amigo, agarre-se ao seu santo patrono, e cante até não poder mais, a arte é longa mas é bela, enleva e faz sofrer. (Vasco José Taborda - da Academia Paranaense de Letras)

Algumas Poesias constantes no livro:

INFINITO... O RUMO DE UM POETA

O que empolga um sentimento
E euforiza determinado momento
A sensibilidade atinge
É um infinito constante
Que embriaga um amante
Um sintoma de vertigem...
Um rumo traçado
Algo maçado
Pela lembrança
Um passado que findou
Nos amadurece, pois marcou
Um amor, envolvido em aliança...
Seguir sempre e alcançar
O ideal vindo abraçar
Pela sinfonia que ensurdece
Ver na amizade que segura
Hombridade sem amargura
Melodia de eterna prece...
Trajeto, rumo é o infinito
Relicário, amor, ardor, um sonho bonito
Um livro que tanto almejou
Escrito de coração
Alegria e emoção
Saber que o objetivo alcançou...
Segue assim um poeta
No sentido real, um sonho em alerta
Amenizando no presente o passado
O importante é viver
Sentindo alegria em renascer
No interior, no íntimo, poeta,
Sim, no infinito, no universo,
No firmamento, no pensamento,
Na mente, no sentimentalismo,
No romantismo, um dom, ideal... Doado.

RELICÁRIO

Na profunda beleza há um relicário
Sendo a mocidade alicerce de um ideal
Isso eleva o mais árduo trabalho
A esperança de um sonho imortal
Saibamos valorizar cada minuto
Que a vida vem nos oferecer
Vendo o reflexo diminuto
Sempre em frente sem nada temer...
Relicário é sinônimo de amor
Que nos envolve e enobrece
O perfume da mais bela flor
O aroma de eterna prece...
Um poeta define a flor
Realçando seu valor
Um relicário em realeza
Segundo o que está escrito
Segue a vida no infinito
O beijo de Deus na natureza...

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