Paraná, 157 anos!
CID DESTEFANI
Estamos de aniversário, comemoramos a data da instalação da Província do Paraná por Zacarias de Góes e Vasconcellos, seu primeiro presidente. A emancipação da província de São Paulo já tinha sido lavrada por dom Pedro II em agosto de 1853. Quatro meses depois, no dia 19 de dezembro, o ilustre baiano assumia o cargo iniciando o caminho de mais de um século e meio ao Paraná da atualidade.
A nossa História está cravejada de fatos importantes, que se estendem desde a demarcação da Baliza de Lages, junto ao Rio das Pelotas, quando os então Campos de Curitiba faziam divisa com a futura província de São Pedro do Rio Grande do Sul, para onde os tropeiros curitibanos levaram usos e costumes, por exemplo o uso da erva-mate no chimarrão.
O caminho foi longo, levamos mais de duzentos anos para nos libertarmos do título de comarca. A conquista do território foi vagarosa em direção ao Oeste, até Guarapuava. Por largo tempo, o Norte do Paraná se referia à Vila de Cerro Azul. A conquista do Sul se ateve ao Vale do Rio Iguaçu.
O Norte Novo foi desbravado no começo da década de 1930; o conhecido como Novíssimo ainda estava para se instalar no limiar de 1950; assim como o Sudoeste começou a ser ocupado na mesma época. Se no começo a economia era sustentada pelos tropeiros, que, indubitavelmente, participaram na divulgação da erva-mate, tornando-a um ciclo econômico importante logo após a exploração do ouro.
Veio a época da madeira com a devastação da imensa floresta de pinheiros, que cobria desde a Serra do Mar até as barrancas do Rio Paraná. Esse ciclo econômico esmoreceu dando sucessão ao café, a grande economia que desenvolveu não só o Norte como todo o Paraná. A rubiácea marcou o seu apogeu por volta do centenário do estado, incluindo também o início de sua decadência logo em seguida, vítima de violenta geada.
Hoje o Paraná tem sua economia calcada nas produções agrícola e pecuária, que vem lhe permitindo também o desenvolvimento industrial, cultural e tecnológico. Vivemos numa terra desbravada por gente de todos os rincões do Brasil e de quase todas as etnias europeias e asiáticas. Somos um cadinho de raças e um repositório de culturas, somos paranaenses.
CID DESTEFANI
Estamos de aniversário, comemoramos a data da instalação da Província do Paraná por Zacarias de Góes e Vasconcellos, seu primeiro presidente. A emancipação da província de São Paulo já tinha sido lavrada por dom Pedro II em agosto de 1853. Quatro meses depois, no dia 19 de dezembro, o ilustre baiano assumia o cargo iniciando o caminho de mais de um século e meio ao Paraná da atualidade.
A nossa História está cravejada de fatos importantes, que se estendem desde a demarcação da Baliza de Lages, junto ao Rio das Pelotas, quando os então Campos de Curitiba faziam divisa com a futura província de São Pedro do Rio Grande do Sul, para onde os tropeiros curitibanos levaram usos e costumes, por exemplo o uso da erva-mate no chimarrão.
O caminho foi longo, levamos mais de duzentos anos para nos libertarmos do título de comarca. A conquista do território foi vagarosa em direção ao Oeste, até Guarapuava. Por largo tempo, o Norte do Paraná se referia à Vila de Cerro Azul. A conquista do Sul se ateve ao Vale do Rio Iguaçu.
O Norte Novo foi desbravado no começo da década de 1930; o conhecido como Novíssimo ainda estava para se instalar no limiar de 1950; assim como o Sudoeste começou a ser ocupado na mesma época. Se no começo a economia era sustentada pelos tropeiros, que, indubitavelmente, participaram na divulgação da erva-mate, tornando-a um ciclo econômico importante logo após a exploração do ouro.
Veio a época da madeira com a devastação da imensa floresta de pinheiros, que cobria desde a Serra do Mar até as barrancas do Rio Paraná. Esse ciclo econômico esmoreceu dando sucessão ao café, a grande economia que desenvolveu não só o Norte como todo o Paraná. A rubiácea marcou o seu apogeu por volta do centenário do estado, incluindo também o início de sua decadência logo em seguida, vítima de violenta geada.
Hoje o Paraná tem sua economia calcada nas produções agrícola e pecuária, que vem lhe permitindo também o desenvolvimento industrial, cultural e tecnológico. Vivemos numa terra desbravada por gente de todos os rincões do Brasil e de quase todas as etnias europeias e asiáticas. Somos um cadinho de raças e um repositório de culturas, somos paranaenses.
Foto: Zacarias de Góes e Vasconcellos com sua esposa, Ana Carolina, em 1853 – mesmo ano em que foi instalada a Província do Paraná.
Fonte: Publicado em 19/12/2010 no jornal Gazeta do Povo
Fonte: Publicado em 19/12/2010 no jornal Gazeta do Povo
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