terça-feira, 27 de outubro de 2009

Academia Paranaense da Poesia: Novos Academicos

Novos acadêmicos na Academia Paranaense da Poesia.

A posse aconteceu na tarde do último dia 20 de outubro em concorrida solenidade, que reuniu acadêmicos, convidados e autoridades no Auditório do Centro de Letras do Paraná. Discursos e homenagens foram as tônicas da cerimônia, marcada pela alegria e emoção. A solenidade foi Presidida pela Presidente da entidade, a acadêmica Roza de Oliveira que em breves palavras demonstrou aos presentes os caminhos percorridos pelos escritores antes de integrarem o quadro de Titulares da Academia. Em seguida o cerimonial formado pelos Academicos Silvio Magellano e Lília Souza passou à leitura dos currículos e poemas dos novos acadêmicos. Estes por sua vez após a diplomação em homenagem aos seus patronos e antecessores nas cadeiras poéticas, procederam a leitura de poesias dos mesmos.

Novos Acadêmicos em ordem alfabética:

ANDRÉA MOTTA
Cadeira nº 30
Patrono: Mariana Coelho
1ª ocupante: Carmem Carneiro

Andréa Motta nasceu em São Paulo – SP, em maio de 1957, logo radicando-se em Curitiba. Graduada em Direito pela Universidade Federal do Paraná, é pós-graduada em Direito, pela Universidade Federal de Santa Catarina, e em Direito do Trabalho, pelo Centro Universitário Curitiba – Unicuritiba. Em 2003, foi com publicações digitais que estreou em livros: Fonte de meus Silêncios mais Profundos, Natureza Íntima e Águas do Inconsciente. Angariou várias premiações em concursos literários e participa de algumas antologias e projetos culturais, além de ter trabalhos publicados em revistas de entidades culturais e em inúmeros sites. Membro efetivo do Centro de Letras do Paraná e do Projeto Cultural Abrali, participa de diversos grupos de escritores e poetas; em Curitiba, representa o Portal CEN e coordena o núcleo local do Proyecto Cultural Sur/Brasil; é Cônsul de Araucária do Grupo Poetas Del Mundo. Em nossa Academia Paranaense da Poesia, a cadeira poética de número 30, fundada por Carmen Carneiro, passa hoje a ser ocupada por Andréa Motta, tendo como patrono Mariana Coelho.

Eflúvio (Poema de
Andréa Motta
)

Na face do amanhã,
as nódoas do tempo
desafiam o destino.

Insinua-se a chama
da esperança
no abraço da vida.

Dissipam-se os medos.

Celebra-se o sorriso
a palavra
o poema.

No ar
aroma de anis
anuncia a lúcida

leveza do silêncio
dos gestos
dos pássaros

brisa que se esvoaça
nos mistérios infindáveis
da vida.


LUIZ HÉLIO FRIEDRICH
Cadeira nº 40
Patrono: Valfrido Pilotto

Luiz Hélio Friedrich, natural de Porto União – SC, nasceu em 23 de junho de 1942. Filho de Afonso Luiz Friedrich, ourives e comerciante, e de Araceli Rodrigues Friedrich, professora, ex-vereadora em Porto União, trovadora. Pai de Marlo, Márcio e Maura, é casado com Marlene Froelich Friedrich, dona de casa e Artista plástica. Oficial da Reserva pelo CPOR de Curitiba, formou-se em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Paraná e em Engenharia de Segurança na FUMEC – MG. Como Engenheiro, participou de grandes obras, como Hidrelétrica Parigot de Souza, Estrada de Ferro Central do Paraná, Metrô de Belo Horizonte e das obras de Túneis do Projeto Corrales de irrigação no Chile. Atuante em várias entidades, Luiz Hélio Friedrich foi Presidente do Departamento do Paraná da ABENC – Associação Brasileira de Engenheiros Civis; foi Conselheiro Titular do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA-PR e do Instituto de Engenharia do Paraná – IEP. Como trovador é sócio efetivo da UBT, seção de Curitiba, entidade que presidiu no biênio 2005-2006. Elaborou por 4 anos o boletim Os Trovadores, desta mesma seção. Hoje, na Academia Paranaense da Poesia, Luiz Hélio Friedrich torna-se titular, fundando a cadeira de número 40, tendo como patrono Valfrido Pilotto.

Trovas de Luiz Hélio Friedrich

Meu pai, sisudo e calado,
não me deu muito conselho.
Porém, seu exemplo, honrado,
segue sendo o meu espelho.

O poeta quando canta
a sua dor que é infinda
até a Deus ele encanta:
-Ganha mais dores , ainda!

Debruçada sobre o berço
do seu querido filhinho
busca a mãe, rezando o terço,
indicar-lhe um bom caminho.


MAURÍCIO FRIEDRICH
Cadeira nº 20
Patrono: Adalto de Araújo
1º ocupante: Oldemar Justus

Maurício Norberto Friedrich é natural de Porto União – SC, filho de Afonso Luiz Friedrich, ourives, e de Araceli Rodrigues Friedrich, professora e comerciante. É casado com a pediatra Neide Terezinha Ceccon Friedrich. Médico pela Faculdade de Medicina de Campos- RJ e advogado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná, atua há 32 anos na Chefia do Serviço de Cardiologia e do Departamento de Clínica Médica do Hospital Erasto Gaertner. Algumas vezes agraciado pela relevância de serviços prestados a entidades e comunidade, também se destaca nas artes, como colecionador, por sua grande e rica coleção de ovos decorados, com exemplares de vários recantos do mundo e por obras de sua criação. Trovador, Maurício Friedrich é membro efetivo da União Brasileira Trovadores - Seção de Curitiba, que presidiu no biênio 2007-2008, e sendo atual secretário. Tem trovas premiadas em vários concursos e muitas publicadas, como em boletins, em revistas de Jogos Florais, em livros de trovas do Paraná e da Paraíba, em revistas virtuais do PR e de SC, assim como na Revista de nossa Academia. Maurício Friedrich, membro atuante da Academia Paranaense da Poesia, hoje se torna titular, ocupando a cadeira de número 20, sucedendo Oldemar Justos e tendo como patrono Adalto de Araújo.

São suas as trovas:

No adeus da tua partida
meu coração infeliz
ganhou enorme ferida
e, não parou...por um triz!

Um romântico poeta
tem seu dia ,sim senhor,
e por ser do amor esteta,
com certeza é um Trovador!

Nosso amor foi tão ranzinza
que explodiu como um vulcão,
deixando, somente, a cinza
no meu pobre coração.

NEI GARCEZ
Cadeira nº 11
Patrono: Rodrigo Júnior
1º ocupante: Vasco José Taborda
2º ocupante: Cecim Calixto

Nei Garcez é curitibano, filho de Affonso Garcez e Emma Pasqualino Garcez. Nascido em 1º de abril de 1944; em 1972, formava-se na Faculdade de Direito de Curitiba. Trabalhou também como consultor em assuntos relacionados à legislação farmacêutica; depois, por concurso público, foi perito oficial da Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Casado com Celita, é pai de Rodrigo e avô de Pablo Enrico. Para um projeto voltado a alunos do Ensino Fundamental, produziu um elenco de trovas pedagógicas: "A Trova em Sala de Aula". Autor do Hino da Polícia Científica do Paraná, poeta e trovador experiente, Nei Garcez foi premiado em vários concursos de trovas no Brasil. Secretário da UBT-Paraná e vice-presidente da UBT-Curitiba, também frequenta as reuniões de nossa Academia, onde contribui com suas trovas e poemas metrificados. Hoje, na Academia Paranaense da Poesia, antecedido por Vasco José Taborda e por Cecim Calixto, Nei Garcez torna-se titular da cadeira poética de nº 11, patroneada por Rodrigo Júnior.

Trovas de Nei Garcez:

Com a trova se diz tudo
em fração de oito segundos,
e seus temas, sobretudo,
são precisos e fecundos.

As pessoas nunca morrem,
simplesmente elas encantam,
vivem sempre, e nos socorrem
com as obras que aqui plantam.

Abarcar a transcendência
entre Deus e a Criação,
mesmo com toda ciência,
foge à nossa compreensão.

NYLZAMIRA CUNHA BEJES
Cadeira nº 10
Patrono: Aluízio França
1º ocupante: Leonardo Henke
2ª ocupante: Diva Ferreira Gomes

Nylzamira Cunha Bejes, filha de Alfredina Cunha e Aguinaldo Guimarães da Cunha, nasceu em Ponta Grossa, a 18/07/1927. Viúva do Expedicionário Raul Barbosa Bejes, teve três filhos: Araí, Araquém, e Aracê. Bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela UFPR e concursada na Biblioteca Pública do Paraná, exerceu a profissão por 35 anos, preparando tecnicamente centenas de bibliotecas. Foi Presidente da Associação Bibliotecária do Paraná e, credenciada pelo Instituto Nacional do Livro, ministrou cursos de Auxiliar de Biblioteca a todos os municípios do PR, possibilitando a criação e o funcionamento das bibliotecas municipais. Poetisa, Nylzamira Cunha Bejes é autora de Teu nome é Poesia, Sonetos em Curitiba, Teu nome é História, e Parabéns. Faz parte de várias entidades culturais, como: Academia de Letras José de Alencar (ocupando a cadeira nº 16), UBT – União Brasileira de Trovadores, Centro de Letras do PR, Academia de Cultura de Curitiba, Instituto Histórico Geográfico do Paraná; e ocupa a cadeira nº 30 da Academia de Letras dos Campos Gerais. Hoje, na Academia Paranaense da Poesia, a sonetista Nylzamira Cunha Bejes, patroneada por Aluízio França, assume a Cadeira nº 10, que já foi ocupada pelos poetas Leonardo Henke e Diva Ferreira Gomes.

Poema de Nylzamira Cunha Bejes

A M I G O

Tiro por mim que o amigo verdadeiro,
Ao deparar insólita ocorrência,
De pronto acorre, com sua experiência,
Querendo dar, por bem e por primeiro.

Não vale aqui falarmos de dinheiro,
Ou de outros bens que sejam opulência,
Pois, rico ou pobre, é com benevolência
Que o bom amigo se dá prazenteiro.

Se pobre for, o seu pouco oferece,
Com afeição e com boa vontade,
Da mesma forma que se muito desse.

O bom amigo crê, sempre, e confia
Que o outro tenha a generosidade
De retribuir com a mesma alegria.

VALÉRIA BORGES DA SILVEIRA
Cadeira nº 21
Patrono:Reynaldo Steudel
1ª ocupante: Luíza Steudel Iwersen

Natural de Curitiba, Valéria Borges da Silveira é filha de Maria Inês e Luiz Carlos Borges da Silveira e mãe de Laura Ines. Técnica em Desenho Artístico e Cultural, também é formada em Administração com Habilitação em Comércio Exterior; Pós Graduada em Direito e Gestão Empresarial e ainda em Gestão, Orientação e Supervisão Escolar.Profissionalmente, sua vasta experiência inclui larga atuação na área educacional: foi Coordenadora dos Cursos de Administração da FACSUL, Secretária Geral e Coordenadora Cultural da FADEP – Faculdade de Pato Branco, Diretora da FAEL - Faculdade Educacional da Lapa. Foi idealizadora e coordena desde 2002 a UTIL – Universidade da Terceira Idade da Lapa e do Projeto CRIANÇAS.COM; ambos os projetos viabilizados através da Sociedade Técnica Educacional da Lapa e do Instituto Borges da Silveira – do qual Valéria é membro e Coordenadora Geral. Também é membro do Conselho Municipal de Educação da Lapa e presidente da Comissão de Cultura da BPW - Associação das Mulheres de Negócios de Curitiba. Na área cultural e literária, intensa tem sido sua participação, principalmente na Lapa, onde foi Diretora Municipal de Turismo e Presidente do Conselho Municipal da Mulher (em que exerce hoje a Vice Presidência). Também é Coordenadora Cultural do Instituto Histórico e Cultural da Lapa, Presidente da Associação Literária Lapeana e Secretária Municipal de Cultura da Lapa. Reconhecida pela relevância de suas atividades, Valéria Borges da Silveira recebeu homenagens em várias cidades paranaenses. Além de participar de algumas coletâneas, publicou seus poemas em Rastos (2000) – que recebeu versão em Braille – e Tantos eus (2007). Publicou ainda Lapa, tropas e tropeiros: caminhos da história (2006) – pesquisa histórica, em co-autoria com a mãe. Escritora e poetisa, Valéria Borges da Silveira fundou e presidiu a Academia de Letras e Artes de Pato Branco-PR; participa de várias entidades literárias no Estado, como Centro de Letras do Paraná, Centro de Letras de Pontal do Sul/PR e Academia de Cultura de Curitiba. Na Academia Feminina de Letras do Paraná, ocupa a cadeira de número 17, cuja patrona é Maria do Carmo Martins. Hoje, na Academia Paranaense da Poesia, passa a ser titular da cadeira poética de nº 21, anteriormente ocupada por Luiza Steudel Iwersen, sob a égide de Reynaldo Steudel.

Poema de Valéria:


SABERES...

Coleciono saberes
Com as coisas que vêm e que vão
E que são...
Vivo a vida, o trabalho, a alegria...
Quero tocar almas,
Falar em poesia,
Fantasia, sonhos, amor, nostalgia...
Semeio mistérios sem fim,
Da alegria, da tristeza, do sucesso,
Do caso e do descaso,
Um mundo só para mim...


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