segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Poesia de Josias Alcantara

LADRÃO DE LIVRO

Era pura compulsão, roubava, mas não sabia
que o livro na sua mão... muito desgosto daria.
Desde cedo a sua avó, era do livro aficionada
e ele quando estava só, fazia do livro a escada.

Mas privado do dinheiro, para comprar seu lazer
o jovem ia ao livreiro e roubava para ler.
No início roubava apenas, um livro simples... barato
depois já vemos as cenas, de um grande roubo de fato!

Certo dia ele foi preso, e argüido na prisão
disse: hoje não sou indefeso, e farei de coração
à quem quiser aprender, o que o livro ensina a nós...
o tempo dará o saber e livres terão na voz...
uma nova confiança, para enfrentar a batalha
e entender como a esperança, no livro também se talha!

Você questiona o poema e até ri da pieguice
e pensa, mas que dilema, rimar a fanfarronice!
Mas, mesmo assim para e pensa: ladrão de livro: será,
que ele busca recompensa, e depois o que fará?

Eita vício precursor... de uma arte jamais vista...
de ladrão a pensador, paga a pena... vira artista.!
Penso lá com meus botões, isso vai virar manchete:
Estão lotando as prisões, e a população se mete...

Exige do governante: “escola em tempo integral”,
a que existe é agonizante, ver, “sistema prisional”
será o destino do filho, do nosso grande Brasil

que vê o futuro sem brilho, pois a educação dormiu?
Só um voto consciente é capaz de melhorar
a vida de nossa gente; mas não podemos falhar!!!

Faço assim a petição, no verso quiçá gentil
que pede mais atenção, à educação do Brasil.
Quem sabe em breve... o futuro, recompense o estudante
e ele não fique no escuro, a mercê de algum fragrante.

Que o livro seja também, sua grande ferramenta
pois ao sábio é bom, convém, ler notícia que acalenta:
- o MEC testa um projeto, “formar professor de elite”...
Será no inicio discreto, mas de grande avanço... admite!

Você gostou dessa ideia, e ao ler pensa se é verdade
fazer disso uma odisseia, com amor e caridade!
O futuro a nós... mistério, dará por certo a resposta.

Se com novo magistério, o ensino virar proposta...
de uma nova identidade, desse povo soberano,
que cobra a capacidade, do governo...sem ufano!!!

Se fui mui repetitivo, perdoe-me amigo (a) leitor
eu tive um grande motivo, e a da escrita fui senhor.
Não pretendo fazer guerra e muito menos ferir
o gestor que faz na terra, a construção do porvir...

Muito embora a poesia seja uma forma precária
de conquistar simpatia. Não leia de forma hilária
a verdade aqui contada, tem conteúdo e valor,
precisa ser respeitada, na essência de seu vigor.

Amigo (o), nesse compasso, insisto que a solução
caminha no lento passo, merece a nossa atenção.
Não é preciso roubar o livro na livraria...

Biblioteca é um grande lar, nela o livro é cortesia!
O verso não foi roubado, mesmo fraco relatou
com esforço o resultado, do que você leu...gostou?
Josias Alcantara

Nenhum comentário: