sábado, 23 de outubro de 2010

Posse novos Academicos e sócios correspondentes da Academia Paranaense da Poesia

Aconteceu no último dia 19 de outubro de 2010, a Sessão Solene de Posse dos novos Academicos Titulares e Sócios Correspondentes da Academia Paranaense da Poesia. Participaram do evento diversas autoridades, dentre as quais: Dr. Luís Renato Pedroso - Presidente do Centro de Letras do Paraná, Chloris Casagrande Justen - Presidente da Academia de Letras do Paraná, Ida Emília Hannemann de Campos - Patrona de Honra das Cadeiras de Artes Plásticas da Academia Paranense da Poesia e Sra. Lindamir Ivanoski - representante da Câmara Municipal de Campo Largo. A cerimônia foi marcada por momentos de muita emoção.

Veja abaixo quem saõ os novos Academicos Titulares:

Cadeira poética nº 17
Patrono: Scharffenberg de Quadros
1º ocupante:
MIGUEL Angel ALMADA

MIGUEL Angel ALMADA, por linha materna filho e neto de Oficiais Superiores das Forças Armadas, nasceu na Argentina, onde, por diferentes províncias, cursou seus estudos, já que o pai era, temporariamente, transferido para diferentes comandos. Pela Universidade de Buenos Aires graduou-se como Bacharel em Ciências, especializando-se em História. Em seu país, foi professor de História da Argentina em curso superior e trabalhou na gerência de alguns bancos. Poeta e escritor, desde os 12 anos Miguel Almada dedica-se à palavra escrita: poemas, ensaios, trovas e alguns contos. Pela convivência com os dois netos, há quatro anos radicou-se no Brasil, residindo com a esposa em Campo Largo, onde participa de uma oficina de literatura e faz parte do Centro de Letras como Conselheiro Fiscal. Em Curitiba, Miguel frequenta as sessões do Centro de Letras do Paraná; participa da Oficina Permanente de Poesia e de outras reuniões de nossa Academia, em cuja revista já tem poemas publicados. Ativo integrante da UBT e já premiado em Jogos Florais, foi recentemente nomeado Delegado da entidade em Campo Largo. Hoje, na Academia Paranaense da Poesia, o poeta Miguel Almada toma posse como titular da Cadeira poética de número 17, sendo seu primeiro ocupante e tendo como patrono Scharffenberg de Quadros.

Poema de Miguel Almada, homenageando o:

Pracinha Curitibano

Pracinha Curitibano...
Herói em longínqua terra,
Foi no ano quarenta e quatro...
Quando estiveste na guerra!!

Eras ainda um menino...
Sonhando, em tua mocidade,
Sem saber que teu destino
Te esperava com crueldade!!
Pracinha Curitibano...
Bravo Guri combatente,
Lutaste, às vezes sem plano,
Como um soldado valente!!

Demonstraste em terra estranha
Todo o valor de tua raça,
Teu caminho era a façanha...
Quando voltaste a tua casa!!

Longe quedou tua vitória...
Que nunca será esquecida,
Voltaste em asas de glória...
Muitos voltaram sem vida!!

Pracinha Curitibano...
Cobriste os campos de glória,
Teu valor quase inumano...
Deixou tua história... na História!!

SCHARFFENBERG de QUADROS
Patrono da Cadeira Poética nº 17
1º ocupante:
Miguel Almada


Filho de Antonio Manuel de Quadros e de dona Maria Elisa Scharffenberg de Quadros, Reynaldino Antonio Scharffenberg de Quadros nasceu em São José dos Pinhais, em 21 de janeiro de 1878. Autor de poemas laureados em diversos pontos do país e colaborador em todos os jornais e revistas do Paraná, tornou-se o Patrono da Cadeira nº 38 na Academia Paranaense de Letras. Merecem especial relevo o poema épico “Os 18 do Forte”, Sonetos e outros poemas que compôs, reveladores de um talento criativo incomum, conforme a opinião de Colombo de Souza e Felício Raitani Neto, em Letras Paranaenses, antologia publicada em 1970.
Embora tivesse lançado seu primeiro livro Canções Natais, com poemas líricos e românticos, o sonho maior que o embalava apontava para a caserna, pois Scharffenberg de Quadros desejava seguir a carreira das armas.
Segundo Túlio Vargas, os livros sempre foram seus melhores amigos, companheiros inseparáveis de todas as horas. Literatura, ciências, religião, filosofia e matemática, foram-lhe como fontes que quanto mais devoradas mais sede despertavam. Teve alma de soldado, mas coração de poeta. Scharffenberg de Quadros faleceu no Rio de Janeiro, em 18 de maio de 1929, como Oficial reformado no posto de Capitão de Cavalaria. Na Academia Paranaense da Poesia, apadrinha a cadeira poética de número 17, na qual hoje toma assento, como primeiro ocupante, Miguel Almada.

soneto de Scharffenberg de Quadros :

PRIMAVERA

Viram-se um dia; foi no mês de outubro;
A terra inteira rebentara em flores...
Nos olhos dele há celestiais fulgores,
Nas faces dela a cor do oceano rubro.

Viram-se... O Deus dos sonhos tentadores
monologou: "a minha fronte cubro
Que já na luz nos olhos seus descubro
O alvorecer dos rápidos amores..."

Foi na estação da primavera calma
Quando Zéfiro tange as litas d’alma
Preludiando divinais Harpejos,

Ele falhou-lhe em frase ardente e louca,
E ela sorriu-se entreabrindo a boca
desabrochada em um rosal de beijos .

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Cadeira Musical nº 13
Patrono: Romualdo Suriani
1º ocupante:
FABIANO CRUZARA

Nascido a 30 de novembro de 1975, de descendentes de italianos da região do Vêneto, Fabiano Cruzara sempre foi muito ligado às artes e cultura. Muito cedo se dedicou à música, principalmente por influência do pai e tio, que cantavam canções folclóricas e religiosas trazidas da Itália por seus familiares. Autodidata musical, na infância já tinha noções básicas de instrumentos como o violão, cavaquinho, viola e acordeom. Passou a fazer inúmeras apresentações, cantando músicas folclóricas, românticas e trechos de óperas em teatros, restaurantes e festas religiosas. Médico veterinário, Fabiano graduou-se em 2004, pela Universidade Tuiuti do Paraná, direcionando sua carreira acadêmica à reprodução de suínos e atuando na região dos Campos Gerais. Casado com Karina, morador da capital do estado do Paraná, Fabiano se dedica a estudos musicais para aperfeiçoamento do cancioneiro italiano, canções folclóricas italianas e óperas.Hoje, na Academia Paranaense da Poesia, Fabiano Cruzara assenta-se, como primeiro ocupante, à cadeira musical de número 13, tendo como patrono o compositor e regente Romualdo Suriani.

Cadeira Musical nº 13
1º ocupante: Fabiano Cruzara
Patrono:
ROMUALDO SURIANI

Romualdo Suriani nasceu na Itália, no ano de 1888. Veio para o Brasil aos 6 anos de idade, radicando-se em Campinas, onde seu pai e avó organizaram uma banda, na qual Romualdo ingressou com 13 anos, tocando pistão. Já adulto veio para o Paraná, fixando inicialmente residência em Paranaguá e depois em Curitiba, onde ingressou na Força Militar como regente de banda. Romualdo Suriani era compositor e fazia arranjos e transcrições para orquestras e para diferentes instrumentos. Dentre várias composições, Suriani deixou hinos escolares, o “Hino da Lapa”, e a ópera “Goio-Covo”, baseada em motivos indígenas. Realizou várias retretas no coreto da Praça Osório, com programas de músicas eruditas. Em 1930, organizou a Orquestra da Sociedade Sinfônica de Curitiba, com a colaboração dos maestros Antônio Melillo e Ludovico Seyer, constituída por 49 instrumentistas, e tendo Romualdo com regente.No ano de 1938, em visita à Itália, regeu bandas e orquestras italianas, apresentando obras de Carlos Gomes, Alberto Nepomuceno e do paranaense Bento Mossurunga.
Falecido aos 61 anos de idade, Romualdo Suriani apadrinha a cadeira musical de número 13, em nossa Academia Paranaense da Poesia, hoje ocupada por Fabiano Cruzara.

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Cadeira de Artes Plásticas nº 1
Patrono: Alfredo Andersen
1ª ocupante:
MARLENE T. Froelich FRIEDRICH

A pintora MARLENE Froelich FRIEDRICH, natural de Rio Bonito (hoje Tangará), em Santa Catarina, é filha de Érico Froelich e de Maria Massaneiro Froelich. Jovem, mudou-se com a família para Antonina, onde se formou professora, lecionou e trabalhou na Secretaria de Educação do Paraná. Casada com Luiz Hélio Friedrich, é mãe de Marlo – casado com Angelise –, de Márcio e de Maura, além de avó de Rosane e Daniele.
Na juventude em Antonina, como autodidata iniciou suas atividades artísticas, recebendo, em 1965, o prêmio de pintura na 1ª Mostra de Pintores do Litoral. Abandonando os pincéis para dedicar-se às atividades de mestra e mãe, voltou-se, mais tarde, ao exercício de tapeçaria, tendo tirado o segundo lugar nas duas mostras de sócios-artistas do Minas Tênis Clube. Em 1994, retornando a Curitiba, no Atelier de Arte do Museu Alfredo Andersen Marlene frequentou os cursos de História da Arte, História da Arte Contemporânea e História da Arte Brasileira. Voltando a dedicar-se à pintura, frequentou ainda cursos de desenho e pintura com o artista e professor Daniel Freire e posteriormente com a premiada artista plástica e professora Latif Salim.Em 1999, recebeu o primeiro prêmio entre os amadores na VI Mostra Moniquense de artes – pinte o Santa Mônica. Tem participado de inúmeras exposições de pintura individuais e coletivas.Neste momento, Marlene Friedrich torna-se titular da Academia Paranaense da Poesia, como primeira ocupante da Cadeira de Artes Plásticas número 1, tendo como Patrono Alfredo Andersen

Cadeira de Artes Plásticas nº 1
1ª ocupante:
Marlene T. Froelich Friedrich
Patrono: ALFREDO ANDERSEN

Alfredo Emílio Andersen, norueguês de Christiansand, nasceu em 1860, e em Oslo, entre 1874 e 1878, iniciou sua formação artística, com Wilhelm Krogh, conhecido cenógrafo, pintor e decorador. No começo da década de 1880, frequenta a Academia Real de Belas Artes de Copenhague, onde recebe orientação do retratista Carl A. Andersen. Leciona desenho, entre 1881 e 1883, na Escola para Rapazes em Vesterbron Asyl.Em 1893, em segunda viagem ao Brasil, planta residência por cerca de dez anos em Paranaguá – PR. Transferindo-se em 1902 para Curitiba, cria uma escola particular de desenho e pintura. Leciona também desenho na Escola Alemã e no Colégio Paranaense e assume a direção das aulas noturnas da Escola de Belas Artes e Industriais, em Curitiba. Faleceu nesta capital, em 1935; depois disso, a escola de arte, que funcionara em sua casa, é transformada em museu, abrigando grande parte da sua produção. Pintor, escultor, decorador, cenógrafo, desenhista, professor, Andersen destaca-se no cenário artístico paranaense por sua obra, que inclui retratos, paisagens e cenas de gênero, e, sobretudo, por sua relevante atividade didática, que lhe valeu a designação de "pai da pintura paranaense". Nesta Academia, Alfredo Andersen é patrono da cadeira número 1 de Artes Plásticas, em que toma lugar Marlene Friedrich.
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Conheça os novos Sócios Correspondentes:

Antonio Augusto de ASSIS

Nascido em 7 de abril de 1933, ANTONIO AUGUSTO DE ASSIS é fluminense de São Fidélis, hoje residindo em Maringá – PR. Professor universitário e jornalista aposentado, A. A. de Assis é poeta e trovador, cronista e ensaísta. Publicou vários livros. Em poemas: Robson, Itinerário e Poêmica; ainda: Caderno de trovas e Tábua de trovas. Sua Coleção Cadernos de A. A. de Assis, em 10 volumes, abrange crônicas, ensaios e poemas. Em e-books apresenta Triversos travessos (poesia) e A língua da gente (de linguagem). A. A. de Assis integra a União Brasileira de Trovadores (sessão de Maringá) e a Academia de Letras de Maringá.

É de sua autoria as trovas abaixo:


Deus fez a Terra... e, ao fazê-la,
deu-lhe o toque comovente:
fez o céu para envolvê-la
num pacote de presente!

Ouço ainda, ao longe, o canto
de um velho carro de boi...
– Lembrança de um tempo e tanto,
que há tanto tempo se foi!

O grande tenor se cala
ante o pássaro silvestre.
– É o discípulo de gala
querendo escutar o mestre!

Prometi-lhe, amada minha,
mil estrelas, as mais belas.
Bobagem... você sozinha
brilha mais que todas elas!

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ANTONIO CLAUDER ALVES ARCANJO

Antonio Clauder Alves Arcanjo (Clauder Arcanjo), nascido em Santana do Acaraú-CE aos 3 de março de 1963, é engenheiro, professor, contista, poeta, cronista, resenhista literário e colaborador de sites, revistas e jornais de várias partes do País.Em 2007, a reunião de contos intitulada Licânia marcou estréia literária de Clauder Arcanjo. Lápis nas veias, coletânea de minicontos, veio em 2009. Entre seus trabalhos inéditos, o autor tem obras nos gêneros poesia (Novenário de espinhos), crônica, romance e resenhas literárias.Em Mossoró – RN, onde reside, Clauder já tem difundido o nome de nossa Academia e divulgado e publicado o trabalho de alguns de nossos poetas. Clauder Arcanjo exerce atualmente a presidência do Instituto Cultural do Oeste Potiguar – ICOP, com sede em Mossoró-RN. Integrante da editora Sarau das Letras e com intensa participação na vida literária e cultural da cidade, foi eleito para membro da Academia Mossoroense de Letras – AMOL.

É de sua autoria o poema:

Rio dos Olhos

“Muitos hão de estar vigiando,
e chorando, a noite toda,
porque a água dos olhos
nunca tem sono...”
(Guimarães Rosa, em Magma)

Vem da grota, o rumorejo,
balbucio de inquietações,
sibilos dos fantasmas,
musgos dos ancestrais.

Do riacho, o massageio ondulante,
o passo de atordoamentos,
que finge que vai, não vai... mas vai.
Palmilhar de retirante.

Do rio, caudaloso memorial,
o murmúrio das penas úmidas,
remansos fundos de arrependimento,
a cachoeira do Rio dos Olhos:
das lágrimas das grotas expiadas,
aguaceiros do riacho da lida,
rio-choro, pranto de escolhos.
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ANTONIO DE JESUS

Antonio de Jesus nasceu em Marília, SP. Com a família, migrou para o Paraná, em dezembro de 1952, radicando-se em Cruzeiro do Oeste, cidade onde ajudou a fundar escolas para poder estudar e concluir os cursos ginasial e colegial. Graduou-se em Direito, pela Universidade Federal do Paraná, em 1970. Dr Jesus foi radialista, jornalista, fundador do jornal “Tribuna do Oeste”, em circulação, há 49 anos. Membro do Ministério Público do Estado do Paraná, aposentou-se como Procurador de Justiça em 1996. Fundador e editor da Revista Catedral, de Cascavel, por quase uma década. Publicou, em 1996, seu primeiro livro de poemas, Incoerências, Pessimismos & Incertezas. Mais recentemente vieram: Frag(mo)mentos da Ficta Realidade – contos , em 2005; Universos Poéticos, poesia, 2006; Pensares – Concisos Poemas, em 2009. Dr Jesus é membro fundador da Academia Cascavelense de Letras, onde ocupa a cadeira número 17, cujo patrono é, seu antigo amigo e mestre, Paulo Leminski.

O poema a seguir é de sua autoria:

NOVOS ACADÊMICOS

o poético círculo aumentou,
poetas, poetisas
poemas em profusão
palavras, sentimentos
turbilhões de poesias,

viva o estro,
viva as musas
os que amam fazer versejar
os que rimam em rimas ricas
os de rimas pobres também
os dos versos com medida
os dos versos desbragados
livres, libertos
nulla regra
sine versus
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CARLOS Eduardo Rodríguez SÁNCHEZ

Nascido em 16 de setembro de 1959, Carlos Eduardo Rodríguez Sánchez nasceu na Venezuela, na cidade de Mérida, onde participava de atividades culturais enquanto realizava seus estudos primários e secundários. Os estudos universitários foram realizados na Universidad de los Andes (Mérida) e em Denver (Colorado, Estados Unidos). Engenheiro de Sistemas, fala inglês e italiano; músico compositor, toca guitarra clássica e piano; pratica tênis e karatê. Sua vasta experiência profissional o levou a incursionar pelos ramos imobiliário e da construção, além da política. Dentre suas publicações, encontram-se CDs: dois de poemas declamados; oito volumes de poemas musicalizados, em diversos ritmos, com excelente qualidade de composição musical. São muitas suas publicações em livros: Alas En Vuelo; Sonetos; Pasos Sin Huellas; Poemas, Sonetos, Hycus; Doce Cantos de Amor. Várias outras publicações fazem parte de coleções, de séries, de editoriais, incluindo edições bilíngues e trabalhos traduzidos em diversos idiomas e para vários países. Já tendo obtido inumeráveis prêmios internacionais de poesia, como na Venezuela, na Colômbia, Espanha – incluindo o Brasil, onde foi vencedor em vários Jogos Florais, Carlos Eduardo Rodríguez Sánchez é membro da Sociedade de Escritores do Estado de Mérida-Venezuela, da F. Academia de Mérida, da Sociedade Venezuelana de Arte Internacional.
Torna-se hoje, oficialmente, Membro correspondente da Academia Paranaense da Poesia. Ao receber o convite para ser Associado correspondente de nossa entidade, respondeu com seguinte soneto:

Agradecimiento

Resplandece la luz en mi existencia
Paraná la ilumina con su honor
y a Venezuela llega el esplendor
de un hecho que resalta mi presencia.

La majestuosidad del firmamento,
Infinita y excelsa en su primor,
la hace pequeña, el abrumador,
regocijo que expresa mi contento.

“Miembro Correspondiente” hoy me siento
de una Academia de literatura
que, con mucho tesón siempre procura

Elevar el poema con su aliento;
por lo que expreso mi agradecimiento,
cuando lleva hasta el cielo mi figura.
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CLEUZA Cyrino Penha

Cleuza Cyrino Penha, paulista de Lins, aposentou-se com professora do Ensino Fundamental. Reside em Paranavaí, onde é voluntária nos Festivais de Música e Poesia promovidos pela Fundação Cultural da cidade; é ainda Colunista da Revista Grande Noroeste com o tema Responsabilidade Social. Tia Cleuza (como é artisticamente conhecida) tem publicados vários livros. Os romances Retalhos D’ alma e O tesouro do carpinteiro; em poemas, Bocas famintas , Lua Nova, Quem escreverá o amor e ainda Saudades dos Amores (de haikais); em contos, Garimpeiros da felicidade; sobre educação especial, Quem cuidará de nossas crianças. Participa de antologias e tem outros livros a serem publicados. Cleuza Cyrino Penha é Membro correspondente da Academia de Letras do Brasil- Mariana-Minas Gerais, Membro da Academia de Letras e Artes de Paranavaí. Hoje também passa a ser Membro Correspondente da Academia Paranaense da Poesia.

De sua autoria:

VOA CORAÇÃO

Sobe montes, desce prados, abismo emocional.
A cada canto entoa um canto, sorriso desigual.
Voa píncaros, leva luz, afeto, carinhos e tudo mais
Solta sonhos no espaço, espaço para viver e sonhar.

Voa coração! Vai dizer às nuvens e ao luar
Que viver aqui neste planeta azul
É repartir toda uma vida, sentimentos e emoção
É saber olhar do lado e perceber a dor alheia.

Esta vida, coração, depende da sua dimensão,
Dimensão do amor, dos pensamentos, até do olhar.
Quem vê com os olhos da alma, enxerga além do amor
Percebe em cada ser, um mundo interior.

Frente ao espelho da alma, coragem se acalma,
Leva emoção à inteligência, leva amor e luz,
Leva o sorriso nos lábios e brilho no olhar,
Comunga o mesmo ideal que ensinou Jesus!
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CRISTINA G. C. LEITE Goethen

Cristina Gomes de Camargo Leite Goetten, nascida em Campinas - SP, reside em Paranavaí – PR. Formada em piano clássico, e declamadora, Cristina Leite é jornalista, contista, cronista, poeta trovadora, tendo trabalhos publicados em antologias poéticas, jornais e revistas. Vice-presidente da Academia de Letras e Artes de Paranavaí, ocupa a cadeira de número 8, tendo como patrono o violinista italiano Carlo Cagnani. Responsável pelo Departamento Artístico e de Divulgação da Casa Cultural, Cristina Leite também é membro do Movimento Poético Nacional – MPN (SP); Coordenadora da Delegacia do MPN e da União Brasileira de Trovadores – UBT – Paranavaí; membro Honorário do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais – InBrasCI (RJ) e coordenadora do InBrasCI no Paraná; Embaixadora Universal da Sociedade Internacional de Poetas, Escritores e Artistas – SIPEA (México).

De sua autoria o poema:

LABIRINTO

A fumaça do cigarro
recobre o espelho.
Do rosto denuncia
o estrupício da vida
não vivida, nem amada.
Sem música a doer,
fecha a porta.
Silente.
Lá dentro noivas mortas
e fantasmas saem das paredes
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DINAIR LEITE

Dinair Leite é paulista de Sertãozinho e reside em Paranavaí – PR. Escritora, poeta trovadora, dramaturga e atriz, Dinair Leite atua em diversos movimentos culturais e é conselheira do Projeto Clave de Luz da Fundação Cultural. É Presidente fundadora da UHE – União Hispanoamericana de Escritores no Brasil. Também Presidente fundadora no Brasil da Sociedade Internacional de Poetas, Escritores e Artistas – SIPEA (México); Presidente fundadora e Governadora do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais – InBrasCI – PR. Delega o Movimento Poético Nacional – MPN – e a União Brasileira de Trovadores – UBT/Paranavaí. É membro da Academia de Letras do Brasil – ALB/PR. Na Academia de Letras e Artes de Paranavaí, ocupa a cadeira de número 11, sendo membro fundador, oradora oficial e relações públicas. Com seis livros inéditos de poesias e um de trovas e haicais, Dinair Leite tem sua obra divulgada em saraus e confrarias em Paranavaí, São Paulo, Rio de Janeiro; publicações no Bali (Itaocara- RJ), jornal “A Voz da Poesia” (MPN – SP), Revista Grande Noroeste, Diário do Noroeste (Paranavaí), e Antologias Poéticas.

A seguir, alguns haikais de Dinair Leite:

Na galhada seca
família de periquitos
fazem brotação

A pipa no céu!
Azáfama das formigas...
O velho sorri.

Na hora do presente
vibra a corda do relógio
em som já passado

O sol escorrega
e puxa o manto da noite
que acaba caindo

Tensão adequada
na corda do violão
acorda a canção

Namorando o sol
a chuva morna fecunda
semente menina!
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FAHED DAHER

Décimo filho de casal de imigrantes libaneses, Fahed Daher nasceu em Curitiba, onde se graduou em medicina pela Universidade Federal do Paraná. Especializou-se em otorrinolaringologia e oftalmologia. Já nos anos de faculdade teve seus poemas publicados e tornou-se orador – papel que exerceu várias vezes, inclusive na Argentina, quando lá viveu. Em Rolândia – PR, onde clinicou, Fahed Daher fundou o Lions Club e iniciou a Associação Médica. Em Apucarana, onde reside, foi co-fundador do Rotary Clube Apucarana Sul; líder político, professor de biologia; também secretariou e presidiu a Associação Médica de Apucarana, em que liderou vários congressos médicos (estaduais e regionais) e simpósios nas áreas de suas especialidades. Presidiu a APAE de Apucarana e o Movimento Familiar Cristão. Criador da Fundação de Ensino Técnico de Apucarana (FETAP), incluindo a instalação do SENAI. Congressista, palestrante, conferencista; poeta, contista; cronista colaborador de vários jornais. Fahed Daher tem publicados os livros: - Pureza Pecado Poesia I -/- Pureza Pecado Poesia II- /-Idílios Idéias Ideais - /- Amor Ideal Rebeldia -/- discurso de formatura -/- Poemetos para adolescentes -/- História do Brasil: De Getúlio Vargas a Juscelino Kubitschek.-/- Crônicas. -/- Antropologia do amor, dentre outros. Integra várias instituições culturais: Academia de Letras, Artes e Ciências do Centro-Norte do Paraná; Academia de Letras, Artes e Ciências de Londrina; Academia José de Alencar; Centro de Letras do Paraná; Sociedade Brasileira de Médicos Escritores – SOBRAMES; é também Delegado da UBT.

VIVER
Nascer, crescer, lutar, eis toda a vida,
por mais que o riso e o sonho nos embale.
De tudo o que se faz, o que mais vale
é a experiência da luta mais renhida.

Buscar o acerto e errar, não cause susto.
Tentar, certo ou errado, com denodo,
sem medo as vezes de manchar no lodo,
mas buscando um destino bom e justo.

Descer, subir, vitórias ou fracassos
são variações do embate de mil braços
de tanta força cósmica e mental.

Lutar sem se julgar dono do mundo,
chorar e rir no plano mais profundo
de aprimorar o espírito imortal.
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OLGA AGULHON

Natural de Assis – SP, e residente em Maringá – PR, Olga Maria Agulhon é formada em Pedagogia e Especialista em Literatura Brasileira, tendo trabalhado como professora, coordenadora pedagógica, dirigido creche. Com grande participação nas áreas da educação e da cultura, atua como palestrante, comentarista, jurada, em Maringá e região. Diversas premiações em concursos literários levaram seus contos, trovas e poemas a serem publicados em várias coletâneas, jornais e revistas. Tem editados livros de poemas – Delírios e O tempo –, um de contos, Germens da terra, e o infanto-juvenil As três estatuetas de bronze. Olga Agulhon participou da União dos Escritores Maringaenses (UEMA), do Clube dos Trovadores de Maringá, da Sociedade de Cultura Latina do Paraná e da Sala do Poeta de Maringá. Foi membro do Conselho Municipal de Cultura. Hoje é membro da União Brasileira de Trovadores – UBT/Seção Maringá; da Academia de Letras do Brasil / Paraná; membro, fundadora e atual presidente da Academia de Letras de Maringá – ALM.

De sua autoria é o poema

A LUA E AS MULHERES

A lua afeta as mulheres
tal como afeta o mar:
o mar é maré;
a mulher amar é.
Algumas entornam-se em lágrimas de emoção;
outras tornam-se amargas como um “não”.
Algumas, vampiras;
outras, caipiras;
todas, mentiras.
Mas os homens deveriam saber a lição:
a culpa é do São Jorge,
que não domina o dragão.
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SÔNIA Maria DITZEL Martelo

Sônia Maria Ditzel Martelo reside em Ponta Grossa, no Paraná, onde nasceu, em 1943. Cronista, literata de cordel, compositora de letras para tenores, poetisa clássica e moderna, Sônia Ditzel é ainda trovadora fartamente laureada, com centenas de prêmios conquistados, tendo sua obra reconhecida também em outros países. Fundou e preside a Academia Ponta-Grossense de Letras e Artes – APLA; preside a União Brasileira de Trovadores – UBT/sessão Ponta-Grossa; é membro fundador perpétuo da Academia de Letras dos Campos Gerais – ALCG, onde ocupa a cadeira de número 4, tendo Álvaro Augusto Cunha Rocha como patrono. É ainda Comendadora da Ordem JK de Mérito Feminino, de Brasília, e Cidadã Benemérita de Ponta Grossa. Palestrante e incentivadora da literatura, Sônia Ditzel também trabalha em compilação e coordenação de obras, incluindo antologias de escritores e artistas plásticos da APLA. Suas publicações abrangem CDs (participando como letrista ou compositora musical), além de seis livros solo – Horizonte (1990), Emoções (1992), Muito além (1997), Nas asas do sonho (2002), Além das estrelas (2006) e Rumo ao infinito (2008).
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Clique no album abaixo e veja algumas fotos do evento e da confraternização.

3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns a todos os novos membros da Academia.
Besos Gis

Josuel Martins disse...

Como faço para me tornar um membro da academia?

Simultaneidades disse...

Josuel.
O primeiro passo é frequentar as reuniões /projetos da Academia....
para saber o que acontece e quando siga este Blog, todo início de mês publicamos a programação.
Eu enviaria diretamente a você, caso tivesse seu e-mail.
abraços
Andréa