sábado, 13 de março de 2010

Dia Nacional da Poesia: 14 de março

O Dia Nacional da Poesia, não por acaso, coincide com a comemoração do nascimento do grande escritor baiano Castro Alves.

Antônio Frederico de Castro Alves, um dos principais nomes do romantismo brasileiro, é autor de “Espumas flutuantes” e “Navio negreiro”. O amor, a justiça e a liberdade, transbordam nestas duas obras, sendo os temas que mais influenciaram o escritor. Nasceu no dia 14 de março de 1847, na fazenda Cabeceiras, na Bahia. Suas primeiras publicações aconteceram em 1862, em colunas de jornais, quando o poeta tinha apenas dezesseis anos.
Republicano e abolicionista, o baiano Castro Alves engajou-se na luta pela abolição da escravatura e em defesa do direito do povo poder escolher os seus próprios representantes. Sua arte era movida pelo amor e pela luta por liberdade e justiça. Castro Alves ficou conhecido como o “poeta dos escravos”. Além disso, era um grande defensor do sistema republicano de governo, onde o povo elege seu presidente através do voto direto e secreto.
Sua indignação quanto ao preconceito racial ficou registrada na poesia “Navio Negreiro”, chegando a fazer um protesto contra a situação em que viviam os negros. Mas seu primeiro poema que retratava a escravidão foi “A Canção do Africano”, publicado em A Primavera. Cursou direito na faculdade do Recife e teve grande participação na vida política da Faculdade, nas sociedades estudantis, onde desde cedo recebera calorosas saudações.
Castro Alves era um jovem bonito, esbelto, de pele clara, com uma voz marcante e forte. Sua beleza o fez conquistar a admiração dos homens, mas principalmente as paixões das mulheres, que puderam ser registrados em seus versos, considerados mais tarde como os poemas líricos mais lindos do Brasil. Por Jussara de Barros


O Coração
Castro Alves


O Coração é o colibri dourado
Das veigas puras do jardim do céu.
Um-tem o mel da granadilha agreste,
Bebe os perfumes, que a bonina deu.

O outro-voa em mais virentes balças,
Pousa de um riso na rubente flor.
Vive do mel — a que se chama — crenças,
Vive do aroma-que se diz-amor.
Fonte: www.dominiopublico.gov.br

Abaixo declamação do Poema Navio Negreiros, por Raulison Mendonça.
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