“GUARDIÃO DE DATAS”:Texto final aguardou mais de cinco anos dentro da gaveta antes de chegar a uma editora.
Poeta pontagrossense estréia
em livro a sua leitura do êxodo
Obra integra o grupo de lançamentos da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) em 2011
sou do tempo em que livro
era enfeite na estante,
não brinquedo de criança.
e o conselho da tia analfabeta:
- quem lê demais fica louco!
descobri na pele a verdade:
quem muito lê, fica pouco;
nunca mais descansa.
A poesia logo acima e outras de “Guardião de Datas” repercutem a experiência de incorporação do livro na rotina de uma criança interiorana e também de seu choque com uma cultura familiar em que se valoriza o trabalho braçal. Como pano de fundo, um subúrbio paranaense com característica de sítio entre as décadas de 1970 e 1980.
“São poemas escritos a partir de uma concepção moderna de poesia, com versos, métrica e rimas livres. (...)Meus poemas refletem a adaptação (ou inadaptação) de alguém oriundo do êxodo rural e que procura ser e estar no mundo urbano, delineando uma identidade própria através da arte da palavra”.
“O objetivo maior do livro é registrar as impressões pessoais da realidade vivida por mim e dar voz a um espaço social pouco valorizado e estudado na literatura brasileira, que é o espaço de transição entre o mundo agrário e o urbano, sem cair no regionalismo”.
Hélio Ferreira nasceu em Ponta Grossa, PR, em 1978. Atua como professor de Língua Portuguesa na rede pública desde 1999. De 1995 a 2003, foi chefe da Seção de Literatura da Biblioteca Municipal de Ponta Grossa. Graduado em Letras na UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), Ferreira concluiu mestrado em Literatura pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), quando elaborou dissertação em que aborda o tema da morte nos contos de Luiz Vilela.
Contatos com Hélio Ferreira: (42) 8822.7441 ou email heliopferreira@hotmail.com .
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(Ben-Hur Demeneck/b.demeneck@uol.com.br)
Fonte: Guatá
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