Com Poesia e Trovas Paranaenses.
Mãe
Mamed Zauith
Quantas vezes, vossas foram nossas dores,
quantas vezes, de mãos postas rogastes,
em prece súplice orastes
ouvindo o silêncio da noite!
Vossa voz doce e meiga
é acalanto e berceuse,
vossa aura de pureza
é nossa inspiração!
Guardais a renúncia do mártir,
a coragem dos heróis,
a bravura do indômito,
a sabedoria dos filósofos,
a sensatez dos justos,
a resignação dos humildes,
a generosidade dos nobre!
Quantas vezes suportais as chagas
poupando nossas dores.
Carregais a cruz
para não galgarmos o calvário.
Ajoelhais
para andarmos de pé.
Tributais lágrimas
para que nos alegremos.
Chorais
para sorrirmos.
Sentis frio
para dar-nos calor.
Secais vossos lábios
saciando-nos a sede!
Perdoando...
sois clemente e generosa.
Protegendo...
austera e inflexível.
Abençoando...
angelical e santa.
Educando...
exemplo e doação.
Sois estóica na virtude,
inexorável na fé,
inabalável na esperança!
Vosso terno afago
tem o ciciar de brisa;
o farfalhar da ramagem,
o remansear do regato.
Sois a chama, sois a vida,
à vossa volta, tudo se altea,
se ilumina.
Sublima e alcandora.
Resplandece!
Que nossas lágrimas de gratidão
rolem a vossos pés
e subam aos céus,
em forma de oração!
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Ser avó me surpreende:
- Sou mãe duas vezes, sim
e o amor duplo, agora, acende,
felicidade sem fim...
Vânia Maria Souza Ennes
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A Mãe é o mais evidente
exemplo de chão fecundo,
nutre de amor a semente
e entrega os "frutos" ao mundo
Wandira Fagundes Queiróz
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