Ô Zé!
Você conhece o Zé?
Ah! com certeza conhece!
É só andar na rua
que um Zé logo aparece.
Tem muito Zé por aí. Zé de verdade!
Zé sem registro e sem identidade.
O Zé não faz parte da sociedade.
Tanto Zé sem oportunidade, sem vaidade,
perdido na cidade.
O Zé que nem sabe sua idade.
Será que o Zé tem data de validade?
E já venceu e não sabe?
O Zé não tem sobrenome
Aliás, o Zé não tem nem nome
Porque Zé é só codinome...
Codinome de José.
E ele não é José. O Zé é só o Zé.
Mas o Zé tem sua sorte.
Talvez só tenha que temer a morte.
Você pode até dizer
Que todo mundo
Tem um pouco de Zé.
Pode ser...
Mas você não é o Zé.
Então nunca vai saber
o que é ser Zé.
Só pode imaginar...
Será que um dia, o Zé
poderia ser um bom José?
Ô Zé! Ô Zé!
Você conhece o Zé?
Ah! com certeza conhece.
É só andar na rua
que um Zé logo aparece.
Mas tem uma coisa.
Do Zé a gente logo esquece.
Edimo Ginot
Curitiba, 28-05-2011.
Um comentário:
BELÍSSIMA POESIA! PARABÉNS...
Subentendidos todos os Zés com que esbarramos na Vida.
Pobres Zés? Ou Zés felizes?
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