sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Jovem Talento Paranaense: Iriene Borges

À inconsistência dos atritos
Calo

e dói mais do que a carne viva.

*
Pichação

O que entra pela janela torna o vidro palatável
e retratos vivificam paredes e monitores

Pra não me entregar isso não pode fazer sentido

Silêncio a tiquetaquear e nada dorme realmente
se me aprisiona o fascínio refreável pela certeza

Para não me estragar não poderia ter sentido

E já é tarde para amar segundas-feiras em cores
que apascentam o futuro quando estou presente

Para não me extraviar só posso ir no teu sentido

escrevendo Saudade em lugar visível
sem que alguém perceba ou deduza o nome


*
O verso calco à beleza

Te possuo enquanto a fascinação ascende ânimo
pelos cantos da tua boca


Artífice de linhas imaginárias
curvo-me
à vibração efêmera
de ser teu entretenimento

Volátil como o que provoca
o belo é reinvenção cotidiana
que deponho, a teu gosto,
abstração da minha inteireza.

Para conhecer outros Poemas de Iriene, clique AQUI!

Um comentário:

Luiz Alberto Machado disse...

Fazendo a visitinha de praxe para ficar superatializado com as novidades. Tudo um primor, aplausos sempre.
Beijabrações
www.luizalbertomachado.com.br