quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um poema de Eliane Justi

PEÇO AO MEU BRASIL
Eliane Justi


Hoje tenho um pedido especial,
rogo às entranhas da minha terra natal.
Sentimento que só mãe entende e sente
ao gerar um filho em seu útero-semente.

Desde o fazer nascer e ao homem acontecer
há um árduo caminho para no Brasil crescer.
Não como aquela criança que pede esperança
mas como Homem feito que busca e alcança.

Há muito que conversarmos com este Brasil
que se abre em distâncias entre ser a mãe gentil
de seus bravos filhos varonis. Há muito a conversar em prol
da liberdade que faz brilhar os raios fúlgidos por nosso Sol.

Oh minha pátria amada de margens plácidas...
Onde escondes? Meus pés fervem nas areias áridas!
Oh mãe deste povo heróico com desejos retumbantes,
por Deus, enxerga o desertar dos teus filhos ainda infantes.

Penso que a nossa “saudade”- nasceu desse partir-pátrio,
composto tropical de despedida e de falta que invade o cardio-atrio.
Ah rogo, rogo a minha pátria amada e idólatra que se recrie em asa,
reinvente-se em terras e ao filho amado oportunize crescer em casa.

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